A governadora em exercício, Margarete Coelho (Progressistas), garantiu que o governador Wellington Dias (PT) nunca prometeu ao PMDB a vaga de vice na chapa para a sua reeleição em 2018. A disputa pela vaga continua trazendo desentendimentos entre os partidos aliados ao governo.
De acordo com Margarete, o acordo político que fez o PMDB ingressar na base independe de “barganhas” por cargos e vagas dentro da coligação. Na sexta-feira (8), ela participou de solenidades ao lado do ministro da Saúde, Ricardo Barros, em Teresina.
“O governador Wellington Dias e o presidente do PT, deputado federal Assis Carvalho, nunca comunicaram isso ao senador Ciro, presidente Nacional do partido ou ao presidente estadual, deputado Júlio Arcoverde. Não ouve esse comunicado e não temos conhecimento disso”, declarou.
A governadora interina reafirmou que vê de forma natural o fato de os partidos da base estarem discordando sobre a indicação da vaga. “Vejo com muita tranquilidade. Acho muito legítimo os partidos pleitearem seus espaços principalmente nas chapas majoritárias, que é onde realizam políticas públicas e realmente isso fortalece os partidos. Eu vejo como legítimo tanto do meu partido como de qualquer outro”.
Para ela, os Progressistas merecem e têm legitimidade na luta pelo cargo, porque estão realizando um mandato contributivo ao lado do PT no Estado.
Além disso, ela afirmou que houve um diálogo entre o senador Ciro Nogueira e Themístocles Filho, em que ficou claro que não há nenhum tipo de ameaça do PMDB em deixar a base caso não fique com a vaga de vice.
“Temístocles conversou com o senador Ciro e a conversa foi no sentido de que não há essa ameaça. Temos vistos alguns representantes do PMDB dizerem que se o senador Ciro fizer questão da vaga, não votam nele, enfim, acho que as pessoas não entendem mais isso. A cidadania não quer mais isso, queremos outro tipo de partido politico, que conversem com as bases, dialoguem, que tragam projeto de gestão e de governo”, observou.
Ainda segundo a governadora em exercício, a Assembleia e o PMDB não estão fazendo algum tipo de barganha com voto. “A Assembleia vota com convicção, o governador conversa com os deputados, demonstra a importância daquela medida e os deputados que se convencem, votam. Eu acho que esse tipo de fazer política, barganhando voto, apoio, as pessoas não entendem mais isso. Não é isso que o eleitorado quer ver, não é isso que os cidadãos querem ver e eu acho que os partidos entenderam isso”.
Lyza Freitas