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Em festa, policial será proibido de dar "carteirada" e terá que se identificar

Em reunião na manhã desta quarta-feira (17), na sede do quartel da Polícia Militar do Piauí, ficou acordado que será proibida a "carteirada" por parte dos policiais.

18/01/2018 | Edivan Araujo
Reunião da polícia / Foto: Cidadeverde

Se antes a presença de um policial armado - mesmo de folga - era motivo de "segurança" para os donos de eventos, agora virou dor de cabeça. 

Diante dos últimos episódios em festas carnavalescas em Teresina, as forças policiais resolveram adotar ações para impedir confusão envolvendo policiais seja civil, militar ou federal. 

Em reunião na manhã desta quarta-feira (17), na sede do quartel da Polícia Militar do Piauí, ficou acordado que será proibida a "carteirada" por parte dos policiais. A "carteirada" é um recurso que profissionais que, valendo-se de suas qualidades, exigem tratamento diferenciado. Eles usam sua carteira profissional para ter livre acesso a festas, boates e prévias carnavalescas.

Participaram da reunião as Policias Militar, Civil, Federal, Rodoviário Federal, Exército e agentes prisional. Os representares de bares, boates e eventos carnavalescos também participaram da discussão. 

Foi esclarecido para os donos de eventos que os policiais não têm livre acesso em festas particulares. Eles precisam pagar para entrar. E que alguns proprietários de casas de shows fazem concessão de livre acesso por conta deles. 

O coronel Alberto Menezes, coordenador geral de operações da Polícia Militar do Piauí, informou que a instituição quer adotar um aplicativo para identificar os policiais armados em festas. É no mesmo modelo do que existe no Estado do Amazonas chamado de "Balada Segura".  

Ficou acordado que os proprietários de casas de shows e organizadores de evento vão destinar uma sala para os policiais guardarem suas armas. Não será proibido entrar com pistolas, mas o policial terá opção de deixá-la em um lugar seguro no estabelecimento privado. Será obrigatória a sua identificação. 

Atulaizada às 12h

Um pacto firmado entre as Forças de Segurança tenta proibir a famosa "carteirada" em eventos públicos realizados em locais fechados. Sobre o porte de arma de fogo, em locais de diversão, a PM apresentou algumas orientações, uma delas contestada pela Polícia Federal. 

No último sábado(13), um tiroteio provocado supostamente por um cabo do Exército na prévia de carnaval Banda Bandida feriu três pessoas. 

A orientação da Polícia Militar do Piauí é que os donos de eventos na Capital disponibilizem acesso reservado para as autoridades com porte de arma, recinto para identificação e/ou guarda da arma (cofre) e recibo de entrega e devolução da arma. 

"As autoridades com porte de arma, ao chegarem a eventos desta natureza, devem se identificar como tal e apresentar o registro da arma, bem como fotografar a identidade funcional e o registro de arma", sugeriu o major Wilson Gomes, subcomandante do Comando de Policiamento Especializado. 

"Em caso de recusa, a segurança privada deve imediatamente acionar a PM e a Corregedoria da Instituição ou autoridade responsável", complementou o major. 

O representante da Polícia Federal questionou a necessidade da foto do registro, já que trabalham com investigação e podem estar no local a trabalho. 

Os pontos divergentes serão debatidos para que se chegue a um consenso. Participaram da reunião no Quartel do Comando Geral da PM-PI representantes das polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal, agentes penitenciários e donos de eventos. 

 

Por Graciane Sousa e Yala Sena
Com informações do Cidadeverde

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