O dono de uma escola localizada no Centro de Teresina, que não teve seu nome informado, foi preso preventivamente na manhã desta sexta-feira (26) suspeito de estupro de vulnerável. Segundo o gerente de polícia especializada, delegado Jetan Pinheiro, três alunas da escola relataram os abusos aos pais, que buscaram a polícia. A escola foi procurada, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.
O delegado informou ao G1 que o inquérito foi aberto há dois meses, quando os pais de uma das vítimas registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Após as investigações, a polícia pediu a prisão do homem, que foi autorizada pela Justiça e ele foi encontrado em casa no início da manhã de hoje, onde mora com esposa e filhos.
Segundo o delegado, os relatos das vítimas são bastante fortes, mas a polícia não vai detalhar os atos, destacando apenas que não houve conjunção carnal.
“Depois da primeira denúncia, as outras famílias também denunciaram. Colhemos os depoimentos com ajuda de uma psicóloga, por meio do exame lúdico terapêutico, que ocorre de forma diferenciada para as crianças. Sabemos que não houve a conjunção, mas hoje o crime de estupro de vulnerável ocorre mesmo sem isso, se caracterizando por outros abusos. Os relatos são muito semelhantes e os depoimentos muito fortes”, declarou.
Ele informou que a investigação foi bastante detalhada e que não há indícios de abusos de outras crianças. Foi descartada também a participação de funcionários da escola nos atos de violência sexual
Famílias devem ficar atentas
O delegado Jetan Pinheiro explicou que uma das crianças contou para os pais e, no caso das outras, as famílias perceberam o comportamento diferente. Ele alertou que os pais devem ganhar a confiança das crianças para que elas contem sobre qualquer abordagem diferente.
“Os pais têm que ser próximos, nunca reprimir nem castigar quando se falar sobre esse assunto, é preciso ganhar a confiança para que as crianças contem tudo que acontecer. É preciso também estar atento a qualquer comportamento diferente e ainda para não deixar essas crianças sozinhas com algumas pessoas, porque na DPCA a maioria dos casos que recebemos é de abusos por pessoas próximas da família”, orientou.
Fonte: G1 Piauí