Matéria / Polícia

Juíza ouve testemunhas em caso de ex-PM acusado de matar a namorada

Audiência de instrução e julgamento vai decidir se o ex-capitão vai a júri popular.

23/02/2018 | Edivan Araujo
Audiência de instrução e julgamento sobre o caso Camilla Abreu. / Foto: José Marcelo/G1

A juíza Maria Zilnar Coutinho, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri, preside nesta sexta-feira (23) a audiência de instrução e julgamento do ex-Policial Militar Alisson Wattson, acusado de matar com um tiro na cabeça a namorada Camilla Abreu em outubro de 2017. Testemunhas de acusação serão ouvidas.

Ao início dos depoimentos, o advogado do acusado, Pitágoras Veloso, informou que não estava preparado para a audiência, pois teria assumido o caso no dia anterior. O advogado disse ainda que não foram convocadas testemunhas de defesa do acusado. Ele pediu o adiamento, mas a juíza indeferiu o pedido.

A audiência vai servir para que a juíza decida se o acusado vai responder pelo crime no tribunal popular do júri, que julga crimes contra a vida. Ele é acusado de matar a namorada depois de sair com ela e uma amiga na noite no dia 25 de outubro.

A primeira testemunha ouvida é a amiga de Camilla que estava com ela e o acusado no dia do crime. Ela relatou que Alisson ligou várias vezes pra ela depois do desaparecimento de Camilla e aparentemente estava tranquilo.

Amiga de Camilla Abreu foi ouvida pela juíza (Foto: José Marcelo/G1)

Segundo ela, todos estavam desesperados com o sumiço e ela perguntou a ele se ele não iria procurar a namorada "e ele disse que não podia porque estava com o filho. E disse para eu parar de chorar, bem tranquilo", afirmou a testemunha. Ela disse ainda que o ex-PM era agressivo com a namorada, chegou a apontar uma arma para ela e que Camilla costumava mandar fotos demonstrando muito tristeza para ela.

Desaparecimento

Capitão da PM é acusado de matar a estudante Camilla Abreu (Foto: Reprodução / Facebook)

A jovem desapareceu na madrugada de 26 de outubro. Segundo a polícia, na noite anterior ela e o namorado se encontraram na faculdade onde ela estudava e saíram para um bar com uma amiga. Depois de deixar a amiga em casa, no Vale do Gavião, os dois ficaram sozinhos e Camilla não foi mais vista.

Após cinco dias de buscas o corpo da jovem foi encontrado na saída de Teresina, depois que o suspeito confessou o crime e apontou o local onde havia deixado a namorada morta. Dias antes, próximo ao local, o celular da jovem foi encontrado. O ex-PM alegou, segundo a polícia, que Camilla morreu com um tiro acidental no rosto, mas a polícia questiona a versão. Ele foi preso em 31 de outubro e permanece até então.

Fonte: G1 Piauí

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