A juíza Maria Zilnar Coutinho, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri, preside nesta sexta-feira (23) a audiência de instrução e julgamento do ex-Policial Militar Alisson Wattson, acusado de matar com um tiro na cabeça a namorada Camilla Abreu em outubro de 2017. Testemunhas de acusação serão ouvidas.
Ao início dos depoimentos, o advogado do acusado, Pitágoras Veloso, informou que não estava preparado para a audiência, pois teria assumido o caso no dia anterior. O advogado disse ainda que não foram convocadas testemunhas de defesa do acusado. Ele pediu o adiamento, mas a juíza indeferiu o pedido.
A audiência vai servir para que a juíza decida se o acusado vai responder pelo crime no tribunal popular do júri, que julga crimes contra a vida. Ele é acusado de matar a namorada depois de sair com ela e uma amiga na noite no dia 25 de outubro.
A primeira testemunha ouvida é a amiga de Camilla que estava com ela e o acusado no dia do crime. Ela relatou que Alisson ligou várias vezes pra ela depois do desaparecimento de Camilla e aparentemente estava tranquilo.
Segundo ela, todos estavam desesperados com o sumiço e ela perguntou a ele se ele não iria procurar a namorada "e ele disse que não podia porque estava com o filho. E disse para eu parar de chorar, bem tranquilo", afirmou a testemunha. Ela disse ainda que o ex-PM era agressivo com a namorada, chegou a apontar uma arma para ela e que Camilla costumava mandar fotos demonstrando muito tristeza para ela.
Desaparecimento
A jovem desapareceu na madrugada de 26 de outubro. Segundo a polícia, na noite anterior ela e o namorado se encontraram na faculdade onde ela estudava e saíram para um bar com uma amiga. Depois de deixar a amiga em casa, no Vale do Gavião, os dois ficaram sozinhos e Camilla não foi mais vista.
Após cinco dias de buscas o corpo da jovem foi encontrado na saída de Teresina, depois que o suspeito confessou o crime e apontou o local onde havia deixado a namorada morta. Dias antes, próximo ao local, o celular da jovem foi encontrado. O ex-PM alegou, segundo a polícia, que Camilla morreu com um tiro acidental no rosto, mas a polícia questiona a versão. Ele foi preso em 31 de outubro e permanece até então.
Fonte: G1 Piauí