A menos de três meses para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), alunos da rede pública estadual continuam sem aulas por conta da greve dos professores. A categoria, que nesta quinta-feira (9) completou 62 dias de movimento grevista, decidiu permanecer paralisada em busca do reajuste salarial de 6,8% e 3,95% para docentes e funcionários de escola, respectivamente, ao invés dos 2,95% concedidos pelo governo do estado.
A Secretaria de Educação (Seduc) informou em nota que notificou as escolas para o retorno das atividades e assegurou que o calendário escolar será reprogramado para manter o mínimo de 200 dias letivos.
“Estamos sendo prejudicados, estamos recorrendo a outros métodos de estudo como a internet. Mesmo assim não é o suficiente”, informou a estudante Nayara Costa, que procura assistir aulas online como tentativa de se preparar para o Enem durante o período da greve.
Há mais de dois meses sem aulas, os alunos aguardam a solução do impasse entre os trabalhadores da educação e o governo do estado para continuar estudando. “Quanto mais dias se passam mais assuntos perdidos e mais prejudicados. A situação só piora”, lamentou a estudante Maria Eduarda Guimarães.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Piauí (Sinte-PI) cobra a execução do acordo judicial firmado com o governo do estado em março deste ano. No dia 2 de julho, o sindicato procurou o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) para solicitar o cumprimento do acordo, mas o processo ainda não foi julgado.
Conforme a greve avança, existe o risco de que o ano letivo 2018 seja anulado, se não for possível repor a carga horária. “Nós permaneceremos até que a justiça dê o parecer final e acreditando que nós seremos os vencedores para poder retornarmos a sala de aula e cumprir o período letivo”, afirmou Paulina Almeida, presidente do Sinte.
Procurada, a Seduc comunicou que aguarda a decisão do judiciário para acabar o impasse com relação ao reajuste dos servidores.
Fonte: G1 Piauí