No Piauí, foram 33 registros de carga roubada em 2017, enquanto que em 2014 (primeiro ano analisado no estudo) foram registradas 4 ocorrências desse tipo de crime. O estado apresenta, portanto, um aumento de 718% de 2014 a 2017. É o que mostra a Edição Especial do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgada na última quinta-feira (30). O município de Picos, no sul do Estado, é um dos mais afetados, por ser um entroncamento rodoviário com outros estados. Cargas de alimentos e de pneus são as mais visadas pelos criminosos, pela facilidade de revenda.
A publicação traz uma série de análises sobre os estados. No caso do Piauí, foi registrada uma queda dos gastos na função segurança pública no Estado em 2017 da ordem de 1,4% em relação a 2016.
Essa queda ocorreu após um salto nessa área, segundo o estudo, quando o Piauí havia passado de R$ 72.389.310 em 2014 (gasto per capita de R$ 23,00) para R$ 257.185.710 em 2015 (gasto per capita de R$ 80,00), alcançando em 2016 a cifra de R$ 724.787.001 (gasto per capita de R$ 226,00).
“Ressalve-se que, de acordo com a Secretaria de Fazenda do Estado do Piauí, nos anos de 2014 e 2015 parte das despesas da função Segurança Pública foi alocada na Função Administração, o que explica em grande medida o salto de investimentos na área”, diz um trecho do anuário.
Os dados divulgados na área
Em alguns temas, como latrocínios, mortes por intervenção policial, além de mortes de policiais, o Piauí apresenta um “quadro delicado, que requer mais atenção das autoridades competentes inclusive daqueles que concorrerão a futuros mandatos eleitorais no Estado”, segundo João Paulo Macedo, docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Piauí, consultado para a formulação da edição especial do Anuário da Segurança Pública.
Por: Ananda Oliveira
Fonte: Portal O Dia