Por Apoliana Oliveira
Presente na reunião convocada pelo governador Wellington Dias (PT), para articular o apoio da base à campanha de Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições presidenciais, a vice-governadora e deputada federal eleita, Margarete Coelho (PP), disse que vai seguir a orientação do seu partido de neutralidade na disputa entre o petista e Jair Bolsonaro (PSL).
“Sou Progressistas, ninguém tem que duvidar, estou atendendo o chamado do meu partido. Essa é uma coligação estadual, governador é um grande líder, o nosso líder. Nós estamos aqui, vamos ouvir, vamos participar, mas estou mantendo a posição do meu partido, de neutralidade, de liberar o eleitor, de liberar as bases”, disse.
Margarete nem mesmo quis revelar sua posição pessoal. Questionada se sua presença no evento sinaliza que estaria propensa a votar em Haddad, a vice-governadora respondeu ser apenas uma demonstração de que faz parte de “um time” coordenado pelo governador, mas que em nível nacional é coordenada por Ciro Nogueira.
Na entrevista, disse ainda que ao final das eleições, independente do resultado das urnas, é preciso haver diálogo, que leve a decisões que irão atender o maior número de pessoas.
“Esse movimento pendular, ele é comum na política, mas não necessariamente é o melhor para a democracia. Política se faz nos extremos, mas as decisões têm que tender para o centro, para que possam atender o maior numero de pessoas. Então, esse momento de polarização é preocupante, eu não vou acirrar esse debate, quero participar do diálogo de reconstrução das pontes”, acrescentou.
Margarete comemorou ainda o resultado nas urnas, que a colocou como uma das quatro mulheres eleitas para integrar a bancada do Piauí na Câmara em 2019. No Congresso, espera atuar como intercessora neste momento de polarização.