Matéria / Cidades

Saúde de Santana realiza campanha de prevenção ao Diabetes

A campanha foi realizada durante a manhã desta quarta-feira (12) na UBS da zona urbana do município.

12/12/2018 | Edivan Araujo
Campanha de combate ao Diabetes / Fotos: AgoraED

A Secretaria Municipal de Saúde de Santana do Piauí realizou na manhã desta quarta-feira (12),  a continuidade da Campanha de Prevenção ao Diabetes Mellitus que é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta. 

O evento que foi realizado na UBS Isac Borges na sede da cidade e contou com a participação de profissionais na área da saúde como enfermeira, médico e agentes de saúde. Segundo informou o secretário de Saúde de Santana Francisco José de Carvalho (Francisquinho), o objetivo era atender pelo menos 50 pessoas durante o atendimento de hoje, e depois atender o restante da demanda em todo o município seja na zona urbana ou rural.

Francisquinho falou também que outro objetivo fundamental da continuidade dessa campanha é alertar a população a respeito dos perigos causados pela doença, e para isso, coloca toda uma equipe multidisciplinar composta por profissionais das áreas de medicina, enfermagem, nutrição, psicologia, serviço social para fazer esse acompanhamento e encaminhamentos se for o caso.

Francisco José de Carvalho Secretário de Saúde

“Nós contamos com todo apoio da prefeita Maria José que sempre nos atende quando solicitamos, além de trabalhar de maneira focada para atender toda a população santanense que é o mais importante, e com isso melhorar o atendimento na área da saúde em nosso município”, frisou o secretário. 
Para Maria Teresa enfermeira da Estratégia Saúde da Família na Zona Urbana, essa campanha visa também dar informações sobre prevenção, ou seja, quando uma pessoa recebe o diagnóstico de diabetes, a atenção especial a pequenos detalhes cotidianos deve ser redobrada. Simples hábitos, como escovar os dentes, ter uma boa alimentação saudável para esse público, bem como, a prática de exercícios físicos e o uso da medicação de maneira correta. 

Maria Teresa enfermeira

"o diabetes é uma doença que afeta o corpo todo". Mesmo assim, é possível levar uma vida saudável e de qualidade dando atenção a alguns cuidados”, disse a enfermeira.

Classificação do Diabetes

Sabemos hoje que diversas condições que podem levar ao diabetes, porém a grande maioria dos casos está dividida em dois grupos: Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2.

Diabetes Tipo 1 (DM 1) - Essa forma de diabetes é resultado da destruição das células beta pancreáticas por um processo imunológico, ou seja, pela formação de anticorpos pelo próprio organismo contra as células, beta levando a deficiência de insulina. Nesse caso podemos detectar em exames de sangue a presença desses anticorpos que são: ICA, IAAs, GAD e IA-2. Eles estão presentes em cerca de 85 a 90% dos casos de DM 1 no momento do diagnóstico. Em geral costuma acometer crianças e adultos jovens, mas pode ser desencadeado em qualquer faixa etária.

O quadro clínico mais característico é de um início relativamente rápido (alguns dias até poucos meses) de sintomas como: sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento importante, cansaço e fraqueza. Se o tratamento não for realizado rapidamente, os sintomas podem evoluir para desidratação severa, sonolência, vômitos, dificuldades respiratórias e coma. Esse quadro mais grave é conhecido como Cetoacidose Diabética e necessita de internação para tratamento.

Diabetes Tipo 2 (DM 2) - Nesta forma de diabetes está incluída a grande maioria dos casos (cerca de 90% dos pacientes diabéticos). Nesses pacientes, a insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, porém, sua ação está dificultada, caracterizando um quadro de resistência insulínica. Isso vai levar a um aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. Quando isso não é mais possível, surge o diabetes. A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas - sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros - podem demorar vários anos até se apresentarem. Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma.


 

Facebook