Ônibus coletivo de Teresina / Foto:180graus
O Conselho Municipal de Transporte Público de Teresina, composto por representantes da prefeitura, usuários, estudantes, empresários e trabalhadores do setor, aprovou o valor de R$ 4,02 para a passagem inteira e R$ 1,28 para a meia. O prefeito deve avaliar e definir o valor que será adotado.
Mesmo com o reajuste aprovado pelo Conselho, a tarifa estudantil continua com valor inferior a 50% da passagem inteira. Em média, por mês, 1.492.347 estudantes são beneficiados com esse subsídio mantido pela Prefeitura, número que representa 26,3% dos passageiros transportados pelo sistema.
A decisão do prefeito relacionada ao reajuste da passagem levará em conta vários aspectos que já foram discutidos pelo Conselho Municipal de Transporte. Um deles é redução no número de usuários de ônibus. A planilha indica que houve uma queda de 14,6% na quantidade de passageiros pagantes entre 2017 e novembro de 2018.
Para definir o índice de reajuste, foram avaliadas também as variações de 3,5% no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e de 4,04% no IPCA, além do aumento salarial dos servidores que operam no sistema e o preço do diesel, combustível utilizado na frota, que teve um incremento de 12,7% entre 2017 e 2018.
Nos cálculos realizados na definição da tarifa é incluída ainda a gratuidade para diversas categorias: policiais civis e militares, oficiais de justiça, agentes de trânsito, operadores do sistema de transportes públicos, fiscais de transportes público e idosos. Em média, por mês, 790.155 passageiros usam a gratuidade, o que corresponde a 13,9% do total de usuários.
Teresina e Aracaju foram as capitais do Nordeste que já apresentaram propostas de reajustes. Em Aracaju já foi sancionado para o novo valor de R$ 4,00, sendo a meia passagem R$ 2,00.
O objetivo do reajuste é garantir a manutenção do sistema de transporte público, de forma que possa atender bem a população. Ao longo dos anos, a Prefeitura tem beneficiado estudantes e outras categorias com uma passagem mais acessível e gratuidade, mas não há condições financeiras de aumentar esses subsídios sem afetar os investimentos na capital.
Fonte: 180graus
