Matéria / Polícia

Interior do Piauí terá força-tarefa após registrar sete feminicídios em 2019

A força-tarefa atenderá, inicialmente, os municípios que registraram os casos.

03/03/2019 | Edivan Araujo
Maria das Graças Silva é uma das vítimas. O suspeito do crime é o namorado / Foto: arquivo pessoal

Com sete casos de feminicídios já registrados em 2019, todos no interior do Piauí, a Secretaria de Segurança do Piauí, a Delegacia de Feminicídio e a Gerência de Polícia do Interior (GPI) farão uma força-tarefa nos municípios neste mês. 

A força-tarefa atenderá, inicialmente, os municípios que registraram os casos. Até o momento, a equipe percorrerá os municípios de EsperantinaSimplício MendesSão Raimundo NonatoCastelo do Piauí, Betânia, Cocal e Regeneração, segundo o delegado Marcelo Leal, do GPI.

Leal ressaltou que a SSP, por meio da subsecretária, a delegada Eugênia Villa, ficará responsável pelas palestras e orientações para prevenção e conscientização. O aplicativo Salve Maria, mecanismo de denúncia dos casos de violência contra à mulher, será divulgado. 

Eugênia Villa destacou que a força-tarefa busca reforçar o compartilhamento da segurança pública das mulheres com o apoio da comunidade, principalmente daquelas que sofreram algum tipo de violência.  A visita aos municípios também irá analisar a atuação da rede de apoio para ajudar na denuncia dos casos.

"Nós vamos conversar com a comunidade, que é a tônica do Plano de Segurança. É o diálogo com a comunidade para que a gente possa entender o funcionamento das instituições, da proteção à mulher. O que nós queremos, além de capacitar nesta questão do feminicídio, na investigação e sensibilização da polícia e da sociedade, nós também pretendemos abrir esse diálogo com a sociedade", disse a delegada,  

"Queremos saber por que essas mulheres não estão procurando as delegacias. O que nós podemos fazer para que essas mulheres nos procurem? E buscar o auxílio da comunidade para que elas possam estar denunciando a violência em qualquer instância, na unidade de saúde, de educação, qualquer unidade em que a gente possa contar com o apoio da comunidade", acrescentou Villa. 

O GPI e a Delegacia de Feminicídio, com apoio da delegada Luana Alves, vão verificar como estão as investigações e os procedimentos instaurados nas delegacias que atendem aos municípios visitados.    

"Nós recebemos esse convite para fazer esse suporte e apoio às equipes, concluindo os inquéritos, os boletins de ocorrência pendentes, encerras as investigações", comentou a delegada Luana Alves. 

Dos sete casos, três os suspeitos se mataram logo após matar as companheiras (Esperantina, Regeneração e Betânia.  O suspeito do crime em Cocal foi preso e o de Simplício Mendes apreendido (era um adolescente). O suspeito de matar a namorada em Castelo do Piauí foi preso. 

 

Por Carlienne Carpaso

Fonte: Cidadeverde

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