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Moradores do Valparaíso conseguem novo terreno e pedem transferência do “lixão”

Prefeitura já foi informada sobre a doação e os moradores esperam que a transferência seja realizada

21/03/2019 | Edivan Araujo
Presidente da Associação de Moradores do Valparaíso, Rosilene Moura. / Foto: Jailson Dias

Os moradores do Valparaíso conseguiram um novo terreno para o funcionamento do “lixão” da cidade de Picos, dessa forma eles estão pedindo que o mesmo seja transferido para esse local, que fica nas proximidades da BR 020, longe das residências. Segundo a presidente da associação de moradores, Rosilene Moura, o terreno é de propriedade do empresário Francisco Cosme, o Cisôr, que também fez a doação do terreno onde funciona o lixão atualmente.

Rosilene Moura afirmou que a prefeitura já foi informada sobre a doação e que os moradores esperam que a transferência seja realizada. Ela alega que a comunidade vem sendo gradualmente prejudicada pelo “lixão”, que deveria funcionar como um aterro sanitário, como diz a Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Em algumas ocasiões os moradores fecharam a entrada do “lixão”, impedindo os caminhões despejarem o material descartável nesse local. “O que eles estavam fazendo estava prejudicando o lençol freático e a forma como estão trabalhando vai piorar, porque estão jogando o lixo dentro de uma vala sem proteção nenhuma”, declarou Rosilene.

Depois da última manifestação, a prefeitura parou de depositar o lixo em uma vala que não tinha a manta protetora. Também foi cavado um poço para averiguar se o lençol freático está sendo prejudicado. “Teve um fiscal que veio a mando do Ministério Público Estadual (MPE) para ver essa situação do poço e o que detectaram? Não tem argila, só areia, então futuramente o lençol freático será contaminado”, explicou Rosilene.

Mesmo que o lixo não esteja sendo depositado na vala relatada por Rosilene, os caminhões continuam jogando lixo no terreno que deveria funcionar como aterro. “Como já tem esse novo terreno, a nossa proposta é que eles iniciem como é pra ser, como dizem que não tem condição de fazer um aterro sanitário, mas um lixão controlado, a solução é essa, porque da forma como está não tem condições, pois tem toneladas e toneladas de lixo a céu aberto”, comentou.

Rosilene informou que dentro em breve acontecerá uma audiência com o Ministério Público Estadual que acompanha essa situação. Ela acredita que a solução virá apenas através da justiça.

Fonte: Folha Atual

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