Não é de hoje que a utilização do aplicativo WhatsApp em Smartphones é corriqueira, agora imagine um criminoso da web ter acesso a sua conta do app de mensagens e também a toda a sua lista de contatos, conversas gravadas é algo perturbador. Como se não fosse suficiente, pense que essa situação aconteceu com a sua ajuda.
Em Picos,Um novo tipo de golpe contra usuário do app tem ocorrido e gerado muita preocupação. Segundo o comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar de Picos, o tenente coronel Edwaldo Viana, “É um crime que ocorre em todo Brasil, e aqui em Picos diversas pessoas foram vítimas. Após clonar o whatsapp eles tem acesso a tudo. Ele mandam mensagens à parentes fazendo pedidos, principalmente dinheiro. Então, o ideal é que quando isso ocorrer com você, liga para a pessoa para saber se realmente é ela mesma”, disse o comandante.
Alerta
O alerta sobre esse tipo de golpe foi feito pelo laboratório de pesquisa ESET América Latina, empresa que desenvolve e vende um dos antivírus mais utilizados no mercado e presente em 180 países e com escritório no Brasil. Com expertise em descobrir ameaças virtuais, a empresa descobriu que o sequestro das contas do app é feito por meio de um ataque conhecido como QRLjacking.
A ação se aproveita de técnicas de engenharia social para atacar não apenas o WhatsApp, como outros aplicativos que usam um código QR para registro e uso em um computador.
No caso do WhatsApp, o QR é gerado quando o usuário acessa o aplicativo no desktop, por meio do endereço oficial (https://web.whatsapp.com). Quando esse código é escaneado, o usuário pode acessar sua conta no computador – o que pode facilitar a vida incrivelmente, dependendo do propósito e/ou do volume de conteúdo a ser tratado. É o famoso WhatsApp Web.
É exatamente por meio dessa função que os hackers atacam, informa a ESET: eles convencem as vítimas a escanear um código QR enganoso, que, em vez de apresentar uma página oficial do WhatsApp, exibe uma página falsa que tenta sequestrar a sessão de WhatsApp dos usuários.
O laboratório de pesquisa lembra que o código QR é uma imagem que, uma vez interpretada, pode conter uma URL ou qualquer outra informação capaz de ser compreendida pelo dispositivo. O WhatsApp usa esse código para conceder o acesso dos usuários ao sistema de mensagens sem qualquer outro tipo de validação adicional. Sabendo dessa particularidade, os cibercriminosos foram meticulosos: desenvolveram ferramentas capazes de capturar e armazenar a imagem do código QR gerada pelo WhatsApp e criam um novo código, do mesmo tipo, para mostrar à vítima.
Feita a invasão, a sessão do usuário é armazenada no computador do hacker e ele pode usá-la da maneira como quiser. Detalhe: o “sequestro” da conta ocorre sem que o uso do aplicativo no celular da vítima seja necessariamente interrompido.
A ESET adverte que todos os aplicativos que usam o código QR podem sofrer ataques semelhantes. Daniel Barbosa, especialista em segurança da informação da ESET América Latina, aponta que uma alternativa possível seria aumentar o nível de controle para o código QR ser usado com maior segurança. “Há também a necessidade de conscientização por parte dos fabricantes para que os dados dos usuários sejam cada vez mais protegidos e os aplicativos tenham mais recursos voltados para a segurança de todos”, definiu.
Dicas de segurança
A empresa sugere algumas ações que servem como dicas para evitar o sequestro da conta:
Fonte: Riachaonet
Informações Técnicas do UOL