As indenizações pagas por morte no trânsito a cada 100 mil habitantes, envolvendo motocicletas, praticamente dobraram no Piauí em dez anos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (20) pela Seguradora Líder, responsável pelos pagamentos do Seguro DPVAT. As informações constam no Relatório Especial – 10 anos – Taxa de Mortalidade no Trânsito. Em 2009 foram pagas 433 indenizações. No ano passado o número subiu para 816, um crescimento de 88%.
A tendência de crescimento também se confirmou em âmbito nacional. Nos últimos dez anos, foram pagas no Brasil mais de 485 mil indenizações do seguro obrigatório por morte, sendo as motocicletas as principais responsáveis. De 2009 para 2018, o veículo foi o único a apresentar aumento de sinistros pagos por morte, saltando de 16.974 para 18.955 benefícios.
Dados do Piauí
Já em relação aos automóveis, o índice caiu no Piauí na década, saindo de 243 indenizações há 10 anos para 200 no ano passado.
Em relação ao tipo de vítima, o estudo mostra que os motoristas são os que mais provocam indenizações por morte. Das que foram pagas em 2009, 46,3% estavam dirigindo algum tipo de veículo. Em 2018, o número subiu para 64,9%.
Idade: em 2009, a maioria das vítimas tinha entre 25 a 34 anos. Dez anos depois esse número se distribuiu entre as faixas etárias de 25 a 34 anos e 35 a 44 anos.
Indenizações cresceram 42% no Piauí em 10 anos
Em uma década, as indenizações por morte no trânsito a cada 100 mil habitantes cresceram 42%. Segundo o levantamento, em 2009 o estado pagou 780 indenizações. Já no ano passado foram 1.111, uma taxa de 34 mortes por 100 mil habitantes. Em todo o período, apenas o Maranhão pagou mais indenizações que o Piauí. O índice lá aumentou 46% em uma década.
Ranking de 2018
No ano passado, Tocantins (38), Piauí (34), Mato Grosso (33) e Rondônia (29) foram os estados que registraram as maiores taxas de mortalidade no trânsito. Já em 2009, as primeiras posições eram ocupadas por Acre (279), Mato Grosso, Santa Catarina e Paraná (41).
Em 2018, o país atingiu a quantidade de 18 indenizações pagas por morte, pelo Seguro DPVAT, a cada 100 mil habitantes. Como comparação, a taxa de mortalidade por crimes violentos, como homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, foi de 24,75.
O DPVAT é um seguro obrigatório de caráter social que protege os mais de 210 milhões de brasileiros em casos de acidentes de trânsito, sem apuração da culpa. Ele pode ser destinado a qualquer cidadão acidentado em território nacional, seja motorista, passageiro ou pedestre, e oferece três tipos de coberturas: morte (valor de R$ 13.500), invalidez permanente (de R$ 135 a R$ 13.500) e reembolso de despesas médicas e suplementares (até R$ 2.700). A proteção é assegurada por um período de até 3 anos.
Hérlon Moraes (Com informações da Seguradora Líder)