O Governo do Estado se posicionou sobre a Operação Satélites, deflagrada pela Polícia Federal como uma segunda fase da Operação Topique, que investiga desvio de recursos públicos dentro da secretaria estadual de Educação (Seduc).
Segundo a nota encaminhada pela Coordenadoria Estadual de Comunicação (Ccom), não há nenhuma investigação contra o governador Wellington Dias ou contra a primeira dama e deputada federal Rejane Dias (ambos PT).
Por conta da apreensão de documentos no Palácio de Karnak o nome de Wellington foi especulado, mas não há qualquer investigação contra o próprio governador.
No caso de Rejane, por ter sido secretária de Educação, muitos -especialmente adversários políticos- associaram seu nome. No entanto, também não há, por parte da PF, qualquer investigação contra a deputada.
A investigação se dá contra empresários que fraudaram licitações e contra alguns servidores que faziam parte do Governo do Estado através de secretarias como a Seduc.
Para a assessoria do governador, a busca e apreensão realizada no Palácio de Karnak tem efeito puramente midiático, já que não há qualquer investigação contra quem que seja atuando por lá.
A reportagem do OitoMeia apurou o que foi levado do Karnak: um CD, três pendrives, a lista de efetivo que trabalha no local e um notebook que não pertence a qualquer um dos investigados.
Por fim, a nota considera que a operação da PF tomou o “caminho do espetáculo”. Para o Governo do Estado, “atenta contra o Estado de Direito, pilar da Constituição Federal, podendo caracterizar claro abuso de autoridade”.
Confira a íntegra da nota do Governo do Estado sobre a operação:
NOTA À IMPRENSA
A respeito da operação da Polícia Federal deflagrada nesta manhã (25), o Governo do Estado informa que NÃO HÁ INVESTIGAÇÃO CONTRA O ESTADO. O processo investiga empresas e servidores, a quem cabe o legítimo direito de defesa.
O Estado é parte interessada no processo e sempre agiu de forma colaborativa, fornecendo todos os documentos, dados e informações solicitadas. Nada do que foi entregue na operação deixaria de ser entregue bastando comparecer e requisitar.
Mais uma vez lamentamos o caminho do espetáculo. A operação de busca e apreensão realizada pela polícia no interior de repartições públicas que não são objeto da investigação, com cobertura midiática ao vivo, atenta contra o Estado de Direito, pilar da Constituição Federal, podendo caracterizar claro abuso de autoridade.
O Governo do Estado reafirma seu compromisso com a transparência e continuará repassando documentos e informações solicitadas e, mais que qualquer outro, tem interesse na elucidação dos fatos, porém com respeito à lei.
Fonte: Oito Meia