Matéria / Polícia

Polinter investiga organização criminosa que usa chave mestra para furtar motos na capital

Um homem e sua namorada foram presos suspeitos de diversos furtos, dentre eles mais de R$ 20 mil reais em peças de roupas.

29/10/2019 | Edivan Araujo
Delegado Thiago Damasceno. / Foto: Reprodução Cidade Verde

A Polinter investiga uma organização criminosa que usa chave micha, conhecida popularmente como chave mestra,  para furtar veículos em Teresina. Um dos suspeitos foi preso pela Polícia Interestadual do Piauí (Polinter) na semana passada. Segundo o delegado Thiago Damasceno, ele seria o mesmo que aparece  com uma mulher furtando a motocicleta de um jornalista na Rua 24 de Janeiro, no centro de Teresina, este mês. O crime foi gravado por câmeras de segurança e a facilidade com que ele liga a moto, mesmo sem a chave original, chama a atenção. 

O suspeito preso é Josép Machado da Ponte Netto Júnior que se identificou como supervisor de vendas de internet banda larga. Ele foi localizado na própria residência, na zona Leste de Teresina. 

Segundo o delegado, na residência dele foram apreendidas uma moto roubada, chave micha, bem como outras ferramentas usadas no furto das motos, além de celulares e mais de R$ 20 mil em roupas também produtos de furto.

"As investigações iniciaram com o furto de um Corolla. Identificamos que as características eram as mesmas do Josép, o suspeito que aparece furtando a moto na Rua 24 de Janeiro. Passamos a monitorá-lo e fomos até à sua casa. Lá encontramos uma moto com restrição de furto e roubo e demos voz de prisão", disse Damasceno, acrescentando que na casa do suspeito também foram apreendidas roupas furtadas em outra ação criminosa em outubro. A mercadoria ainda estava com etiqueta e o montante das peças ultrapassa R$ 23 mil.

A mulher que aparece nas imagens é a namorada de Josép que, segundo o delegado, confessou a participação no furto da moto do jornalista. 

"O capacete encontrado na casa dele foi o mesmo que ela usava nesse furto", reitera. 

Thiago Damasceno ressalta que a investigação está em andamento para que seja individualizada a participação de cada suspeito e configurada a organização criminosa.

"Os veículos são furtados e de forma muito rápida as placas e todo o veículo são adulterados. A gente investiga uma organização criminosa por trás disso aí. Ele não fala quanto está recebendo e nem pra quem está repassando", explica o delegado. 

MANGA COMPRIDA COMO DISFARCE

O delegado acrescenta também que o suspeito tinha uma peculiaridade. Para não ser facilmente identificado, ele costumava praticar os furtos usando camisas de manga comprida para encobrir as tatuagens nos braços. 

MOTORISTAS DEVEM VERIFICAR SE O CARRO ESTÁ TRAVADO

Thiago Damasceno disse ainda que o suspeito usaria controles para bloquear a trava do carro e assim levar o veículo, bem como pertences. Essa tática, inclusive, teria sido usada no furto do Corolla.

Cidade Verde

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