Matéria / Polícia

Polícia Civil indicia 10 pessoas por furto de gados no Piauí e Maranhão

Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de furto qualificado, organização criminosa e receptação qualificada. Cada um deles pode pegar uma pena de até 26 anos de prisão

10/12/2019 | Edivan Araujo
Investigação foi feita pelo 21º Distrito Policial em Teresina / Foto: Gilcilene Araújo/G1

A Polícia Civil concluiu nessa segunda-feira (9) o último inquérito policial da Operação Abigeato, que investigou a atuação de uma quadrilha responsável por furto e roubo de gados no Piauí e Maranhão. Ao todo, 10 pessoas foram indiciadas pelos crimes de furto qualificado, organização criminosa e receptação qualificada, podendo cada um deles pegar penas de até 26 anos de reclusão.

Segundo o delegado Odilo Sena, titular do 21°Distrito Policial, as investigações começaram no início deste ano devido ao furto de gado entre os municípios de Teresina e Altos, causando um prejuízo financeiro de R$ 600 mil a empresários e pequenos comerciantes dessa região.

Durante a apuração, a polícia constatou que parte dos animais era abatido e vendido em açougues de Timon e em outras cidades do Piauí e Maranhão.

“Também foi confirmado que outras cidades e estados foram vítimas do bando. A delegacia de Altos iniciou o primeiro inquérito e prendeu alguns suspeitos em flagrante, inclusive com gados furtados, além das apreensões de duas motos e dois caminhões. Um dos suspeitos foi morto durante o confronto com a polícia”, explicou o delegado.

Durante a investigação e os depoimentos dos suspeitos presos em Altos, mais dois inquéritos foram abertos referentes aos demais integrantes da organização criminosa.

Com a conclusão do último inquérito foram indiciados: Luís Sousa das Neves, vulgo ‘Luisinho’; João José Soares da Silva Neto; Jociane Rodrigues da Silva; Fredson Rodrigues Magalhaes, vulgo Tiago; Belarmino Gomes de Oliveira Filho; Francisco Araújo Rosa, vulgo ‘chuta’; Valmir Rodrigues da Silva, vulgo ‘gordo’; Alan David Morais de Araújo; Waldete José da Mota; Edson Gonçalves de Sousa.

Como funcionava

De acordo com o delegado, a quadrilha atuava em outras cidades e estados há quatro anos sem ser identificada, gerando um prejuízo total estimado em R$ 2 milhões. O grupo tinha uma sede fixa na Zona Norte de Teresina e em um sítio a 20 km de Timon (MA), onde eram deixados os animais furtados para serem abatidos ou vendidos vivos.

“Cada integrante tinha uma função distinta. A organização criminosa também contava com a participação de moradores, que passavam informações para o grupo e guardavam os animais furtados até a chegada dos caminhões, que fazia o transporte para um matadouro clandestino. Essa carne era vendida principalmente para Timon, Pau d’Arco do Piauí e Altos”, informou Odilo Sena.

 

Fonte: G1

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