Quatro pessoas foram presas em Cocal dos Alves (a 262 km de Teresina) suspeitas de envolvimento com uma milícia que atua na zona Oeste do Rio de Janeiro. O cumprimento dos mandados de prisão faz parte segunda fase da operação “Os Intocáveis”, deflagrada pelo Ministério Público e as Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, .
Ao todo devem ser cumpridos 45 mandados de prisão pelo Brasil. Em Cocal do Alves, uma mulher e três homens foram presos suspeitos de serem laranjas do grupo miliciano, com atuação na comunidade do Rio das Pedras, Muzema e adjacências na capital carioca.
A ação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), serviço de inteligência da Polícia Militar e a Polícia Civil. A decisão foi proferida pela juíza da 1ª Vara especializada da cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com a coordenadora do Gaeco no Piauí, Débora Geane Aguiar Aragão, o grupo é o mesmo envolvido na queda dos dois prédios na favela Muzema, zona oeste do Rio, em abril do ano passado, matando 24 pessoas.
“O Gaeco do Rio pediu apoio a nós, porque encontrou novos integrantes da milícia depois que deflagraram a operação Os Intocáveis I e descobriram que quatro moravam aqui no Piauí, em Cocal dos Alves. Prendemos uma mulher e três homens que são considerados laranjas dentro do grupo criminoso”, explicou a promotora ao Cidadeverde.com.
Os presos foram encaminhados a Cocal, onde devem passar por audiência de custódia. “Eles devem ficar em Parnaíba ou Campo Maior a disposição da Justiça do Rio de Janeiro, ainda não temos informações se serão recambiados”, destacou a promotora.
Primeira fase
A Operação “Intocáveis” foi realizada em 22 de janeiro de 2019 para prender integrantes de organização criminosa que atua nas comunidades de Rio das Pedras, Muzema e adjacências, na zona Oeste do Rio. As investigações, realizadas por meio de escutas telefônicas e notícias de crimes, recebidas pelo canal Disque Denúncia, evidenciaram que os denunciados estavam envolvidos com atividades de grilagem, construção, venda e locação ilegais de imóveis; receptação de carga roubada; posse e porte ilegal de arma; extorsão de moradores e comerciantes, mediante cobrança de taxas referentes a ‘serviços’ prestados; ocultação de bens adquiridos com os proventos das atividades ilícitas, por meio de ‘laranjas’; falsificação de documentos; pagamento de propina a agentes públicos; agiotagem; utilização de ligações clandestinas de água e energia; uso da força como meio de intimidação e demonstração de poder, para manutenção do domínio territorial na região de Jacarepaguá.
Fonte: Cidadeverde