Por Maria Cecília
Nesta segunda (08), aconteceu a passeata em protesto ao assassinato do pedreiro Joilson Pereira, que foi morto por tiros vindos de um agente da Polícia Rodoviária Federal. Organizado pela população picoense, movimentos sociais e estudantis, respeitando as normas de distanciamento social, a manifestação ocorreu de forma pacífica, em um percurso que se deu início no Fórum e seguiu até a praça Josino Ferreira.
Apesar de estar sendo vivenciado uma pandemia e o isolamento social ser o principal meio de combate ao CoronaVírus, a população foi convocada por movimentos negros a ir para as ruas pedir por justiça e respeito. “A gente precisa tá na rua, a gente precisa vim dizer que basta, a população negra resiste, as pessoas tem medo de dizer que que é preta, diz ‘eu sou morena’, eu não tenho esse medo, sou preta, sou mulher, sou negra”, afirma Jovana Cardoso, também conhecida como Geovana Baby, coordenadora de Direitos Humanos, mulher trans.
Mano Chagas, diretor do Projeto Cultural Adimó, também marcou presença e afirmou que hoje não dá mais para ver um negro morrer e querer abafar ou justificar o caso, independente da situação, Joílson era membro da sociedade, era trabalhador. Esse é o objetivo de manifestações como essa, dar voz aqueles que por muito tempo ficaram calados e clamar justiça por o pedreiro e por tantas outras vidas perdidas por preconceito.
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Fonte: Riachaonet