Em alusão ao Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, vivenciado nesta sexta-feira (12 de junho), a Prefeitura de Santana do Piauí através do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) realizou manifesto silencioso de conscientização sobre a temática.
Na ação, uma faixa e o símbolo da campanha - catavento - foram fixados na Praça São Pedro, centro da cidade. O momento envolveu profissionais do CRAS (Francisca Araújo e o assistente social Laisson Leal) e as visitadoras do Programa Criança Feliz (Ana Patrícia Moura e Diana Rocha).
A coordenadora do CRAS de Santana do Piauí, Cintia Nayara, destacou a importância de levar a conhecimento da sociedade esta temática que deve ser refletida o ano inteiro.
” O dia mundial contra o trabalho infantil é uma data muito importante e deve ser lembrada o ano todo. Pensando nisso, diante do momento em que estamos vivenciado,o CRAS fez um pequeno manifesto silencioso, pois não poderíamos deixar uma data tão importante como essa passar em branco. Fizemos as 6 da manhã para assim evitar aglomeração”, explicou a coordenadora.
O trabalho infantil é crime! Se presenciar esta realidade, o caso deve ser denunciado ao Conselho Tutelar do município através do contato: (89) 9 8817-7113 e do Disque 100.
Trabalho Infantil e seus aspectos negativos
O trabalho infantil deixa marcas na infância que, muitas vezes, tornam-se irreversíveis e perduram até a vida adulta. Traz graves consequências à saúde, à educação, ao lazer e à convivência familiar. Exemplos dos impactos negativos do trabalho infantil:
Aspectos físicos: fadiga excessiva, problemas respiratórios, lesões e deformidades na coluna, alergias, distúrbios do sono, irritabilidade. Segundo o Ministério da Saúde, crianças e adolescentes se acidentam seis vezes mais do que adultos em atividades laborais porque têm menor percepção dos perigos. Fraturas, amputações, ferimentos causados por objetos cortantes, queimaduras, picadas de animais peçonhentos e morte são exemplos de acidentes de trabalho.
Aspectos psicológicos: os impactos negativos variam de acordo com o contexto social do trabalho infantil. Por exemplo, abusos físicos, sexuais e emocionais são os principais fatores de adoecimento das crianças e adolescentes trabalhadores. Outros problemas são: fobia social, isolamento, perda de afetividade, baixa autoestima e depressão.
Aspectos educacionais: baixo rendimento escolar, distorção idade-série, abandono da escola e não conclusão da Educação Básica. Cabe ressaltar que quanto mais cedo o indivíduo começa a trabalhar, menor é seu salário na fase adulta. Isso ocorre, em grande parte, devido ao baixo rendimento escolar e ao comprometimento no processo de aprendizagem. É um ciclo vicioso que limita as oportunidades de emprego aos postos que exigem baixa qualificação e com baixa remuneração, perpetuando a pobreza e a exclusão social.
Fonte: Ascom