A direção do Hospital Regional Justino Luz, em Picos, decidiu exonerar do cargo as coordenadoras que publicaram comunicado interno sobre denúncias de que profissionais de saúde do hospital estariam dopando pacientes para terem mais tempo de descanso.
As coordenadoras são as enfermeiras Camila Moura, que gerenciava a UTI do hospital e Beatriz Maria dos Santos, coordenadora do Pronto Socorro e Enfermarias Covid-19.
A direção informa que as coordenadoras fizeram um comunicado interno e não informaram a direção geral. A denúncia foi feita por pacientes e profissionais de que funcionários do hospital estariam dopando pacientes, no turno da noite, para aumentar o tempo de descanso. Os servidores têm jornada de 12 horas e uma hora de descanso.
A direção do hospital comunicou ainda que abriu sindicância para apurar as denúncias feitas pelos pacientes.
A decisão saiu na tarde desta quinta-feira(03), depois de uma reunião entre a diretora geral Samara Sá, o diretor técnico Tércio Luz e o assessor jurídico Alderi Martins.
De acordo com a assessoria de comunicação do hospital, a direção revogou o comunicado feito pelas ex-coordenadoras. Elas agora retornam às escalas de plantões. A direção também abriu uma sindicância para apurar as denúncias feitas no comunicado, para identificar os suspostos desvios de conduta. E uma nota técnica será feita pelo Dr. Tércio Luz para explicar os procedimentos que devem ser adotados dentro das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e Pronto Socorro em relação ao uso de sedativos.
Entenda o caso
Um comunicado interno foi feito pelas coordenações de UTI e do Pronto Socorro e enfermarias Covid-19 do hospital no último dia 31 de agosto, informando que “inúmeras reclamações por parte de pacientes e acompanhantes” haviam chegado à direção, entre elas de que “os pacientes estão sendo dopados durante a noite para que haja um tempo de descanso maior".
As coordenações também afirmam que os profissionais passam horas no celular deixando setores descobertos. Câmeras de segurança teriam flagrado a situação.
Por Caroline Oliveira
Fonte: Cidadeverde