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Especialista aponta empecilhos para o desenvolvimento industrial do Piauí

No Piauí, os efeitos gerados às industrias nos últimos cinco meses são significativos e o Estado possui alguns empecilhos para o desenvolvimento do setor

11/09/2020 | Edivan Araujo
Especialista Márcio Braz / Foto: Ascom

Os índices de desenvolvimento econômico neste período de pandemia, tem sido um dos principais fatores discutidos por especialistas. No Brasil, o surto da Covid-19 provocou grandes impactos negativos sobre os negócios afetando cerca de 70% das indústrias do país, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Piauí, os efeitos gerados às industrias nos últimos cinco meses são significativos e o Estado possui alguns empecilhos para o desenvolvimento do setor. Para o economista do Centro das Indústrias do Estado do Piauí (CIEPI), Márcio Braz, é necessário, urgentemente, que o crescimento econômico seja considerado como prioridade.

“Alguns pontos impedem atualmente o crescimento efetivo da indústria, como a inexistência de polos empresariais modernos, a infraestrutura inadequada para o escoamento da produção, a qualidade ainda insatisfatória da energia elétrica, a dificuldade de acesso ao crédito por parte dos pequenos empresários e a concentração espacial da produção são problemas que precisam ser superados a curto prazo”, informa.

De acordo com os últimos dados disponibilizados pelo portal da indústria, o perfil do setor no Piauí possui Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 4,9 bilhões, equivalente a apenas 0,4% da indústria nacional. Emprega entorno de 51 mil trabalhadores e é o sétimo menor PIB do Brasil, com R$ 40,5 bilhões. Os números apresentam que o segmento representa 12,1% de participação no valor total de bens e serviços da região piauiense.

A pesquisa do IBGE revela ainda que em relação à produção, 63% das companhias tiveram dificuldade de fabricar produtos ou atender clientes, 29,9% relataram não ter havido alteração significativa e 6,9% informaram que tiveram facilidade, mas a maior parte das empresas teve dificuldades para realizar pagamentos de rotina. Márcio Braz faz algumas recomendações para adoção de práticas no enfrentamento de crise e, consequentemente, o impulsionamento da economia.

“O processo de tomada de decisões no âmbito do poder público precisa se fundamentar em critérios de racionalidade econômica, observando sempre que, em última instância, o modelo econômico a ser definido seja socialmente justo, já que não existe sustentabilidade econômica, sem sustentabilidade social. Precisamos definir claramente uma política de desenvolvimento econômico com instrumentos de intervenção claros e acessíveis, partindo da nossa realidade atual e tendo em vista a sociedade que queremos construir”, sugere o economista do Centro das Indústrias.

Fonte: Ascom 

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