Matéria / Polícia

Costureira é espancada até a morte em feminicídio no Piauí

Testemunhas informaram que a vítima teria sido agredida publicamente em uma festa no fim de semana e foi vista pela última vez ontem quando saiu da casa de uma prima dizendo que ia pra o trabalh

08/12/2020 | Redação
Lia Raquel Carvalho Silva, 33 anos / Foto: reprodução Instagram

A costureira Lia Raquel Carvalho Silva, 33 anos, foi encontrada morta com sinais de agressão física dentro da própria casa no bairro São João, na cidade de Campo Maior, no interior do Piauí. O comandante do 15º BPM, major Etevaldo Alves, explica que o crime tem características de feminicídio. O corpo da mulher foi encontrado em cima de uma cama, provavelmente, após ela ter sido espancada até a morte. 

A PM foi acionada no fim da tarde dessa segunda-feira (07). Testemunhas informaram que a vítima teria sido agredida publicamente em uma festa no fim de semana e foi vista pela última vez ontem quando saiu da casa de uma prima dizendo que ia pra o trabalho. 

"Ela foi agredida em uma festa no sabado à noite. Testemunhas contaram que a agressão foi publicamente. Após isso, ela foi passar o domingo na casa de uma prima e ontem de manhã saiu para ir ao trabalho, só que não apareceu. Isso acendeu o alerta vermelho na família. Foram à casa dela e estranharam que a porta estava fechada e a moto dela lá, mas ninguém saía. Arrebentaram a porta e encontraram o corpo ensanguentado em cima da cama. A PM foi acionada por volta de 17h e acreditamos que o crime tenha ocorrido na manhã de ontem. Acionamos a perícia criminal e o IML", conta o major Etevaldo Alves. 

O comandante acrescenta que a vítima mantinha relacionamento com um homem há dois anos. No local não foi encontrado nenhum objeto e a suspeita é que ela tenha sido morta por espancamento. Lia Raquel deixa quatro filhos de relacionamentos anteriores. O major orienta que, ao menor sinal de violência, as mulheres denunciem. 

"Em caso de agressão, a orientação é que a mulher vá na delegacia, informe o que está acontecendo para que sejam solicitadas medidas restritivas. É mais um caso lamentável. É preciso denunciar, senão vamos ter várias Lias Raqueis", orienta o comandante do 15º BPM. 

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