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Setor de aluguéis sofre com a pandemia na Zona Leste de Picos

Muitos apartamentos e casas estão desocupadas no bairro Junco em função da crise da pandemia do novo coronavírus

07/01/2021 | Redação
Empresários Leônidas Fontes, Maria Hercília e Cineas Manoel / Foto: Portal AgoraED

O ano de 2020 começou com uma expectativa de estabilização e crescimento da economia, diante do cenário de reaquecimento do setor imobiliário, demonstrado em 2019. O que seria um ano próspero nesse segmento com grandes investimentos do setor público/privado, para algumas categorias a retração foi nítida, principalmente para o ramo de imobiliária, no setor de aluguéis.

O Portal AgoraED entrevistou nesta quinta-feira (07), três empresários que tem comércio no bairro Junco, Zona Leste da cidade de Picos, que também atuam no ramo de aluguel e ouviu de cada um deles.

O primeiro foi o empresário Leônidas Fontes de Moura, que também tem imóveis alugados e viu de casas a apartamentos ocupados, a serem desocupados em pouco tempo, pois segundo ele, dos seis, sendo quatro apartamentos e duas casas, que estavam alugadas, a grande maioria foram esvaziadas durante o ano de 2020, e outros ele teve que baixar o preço do aluguel se quisesse manter o inquilino.

Empresário Leônidas Fontes de Moura

Leônidas como é mais conhecido, informou que o ano de 2020 nesse setor imobiliário foi muito difícil, pois quase todos os imóveis disponíveis para algar na região em torno na Universidade Federal do Piauí, Campus de Picos, que estavam alugados para universitário principalmente, com a chegada da pandemia do novo coronavírus a maioria voltaram para suas cidades de origem, obrigando assim os donos dos imóveis fazer duas coisas possíveis, a primeira era fechar para não aumentar os prejuízos, e a segunda foi baixar os preços dos aluguéis para manter os moradores.

“Ainda hoje eu tenho apartamento desocupado, pois os meus inquilinos eram todos universitários, e com a pandemia todos eles voltaram para suas casas e eu não tive escolha, tive que fechar, o que é prejuízo na certa”, disse ele.

Para a empresária Maria Hercília Leal de Oliveira, que atua no setor de material de construção também no bairro Junco, e que tem nove apartamentos para alugar, também informou que foi mais uma a tomar prejuízo, e o que é pior, chegou a ter inquilino que morou durante oito meses sem pagar aluguel, água e luz.

Maria Hercília disse ainda, que atribui a crise nesse setor a pandemia, pois como o outro empresário, a mesma depois do meio doa no de 2020 viu os apartamentos serem desocupados, e os inquilinos indo embora, já que a grande maioria também era universitários.

Empresária Maria Hercília Leal de Oliveira

“Nos meus imóveis eu também tinha outras pessoas que não era apenas os estudantes, mais quando a pandemia chegou, junto com ela veio o desemprego, e aquelas pessoas que moravam, mas não tinham mais emprego, terminaram ou se mudando do imóvel ou morando lá sem pagar, eu cheguei a baixar o preço do aluguel por duas vezes para manter o imóvel ocupado. Então, essa crise epidêmica não tem sido fácil para todos nós, disse ela.

O empresário Cineas Manoel de Lima Marques, quem também que possui apartamentos para alugar, informou que durante o ano passado enfrentou muitos problemas, pois como o seu foco era voltado mais para estudantes e muitos voltaram para suas cidades, alguns dos outros moradores ou ficaram desempregados e foram embora, ou o mesmo teve que renegociar os alugueis e baixar os preços para manter os imóveis ocupados, falou ele.

Empresário Cineas Manoel de Lima Marques

O empresário informou também que os preços dos imóveis para vendas também caíram, pois chegou a vender uma casa que antes da pandemia era avaliada em quase R$ 400,000,00 (quatrocentos mil reais), ele vendeu ela por R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais), quase que cinquenta por cento do valor real, disse ele.

“Ainda hoje não nos recuperamos, eu por exemplo, tenho apartamentos fechados, e isso é muito ruim, mais esperamos as coisas melhorarem em 2021”, falou Cineas Manoel.

 

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