Matéria / Polícia

Operação cumpre 11 mandados e investiga sete empresas por fraude a licitações

Os mandados acontecem nas cidades de Teresina, José de Freitas e Barras

25/05/2021 | Redação
Polícia Civil do Piauí / (Foto: Reprodução)

 

Uma operação policial deflagrada na manhã desta terça-feira (25) apura a suposta “prática dos crimes de fraude à licitação, associação criminosa, e desvio de recursos públicos envolvendo contratações do município de Batalha”, segundo a Polícia Civil do Piauí. As equipes policiais dão cumprimento a 11 mandados de busca e apreensão contra sete empresas, residências de empresários e de três agentes públicos. Os mandados acontecem nas cidades de Teresina, José de Freitas e Barras. 

A operação denominada Entrelaçados é da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR) em trabalho conjunto com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) e Controladoria-Geral da União (CGU).

De acordo com a Polícia Civil, o Juízo já determinou o afastamento cautelar do Pregoeiro de Batalha. “Os investigadores e auditores encontraram indícios de que ele ocupava o cargo de forma irregular, podendo estar diretamente envolvido nas supostas fraudes investigadas”. 

Além disso, “os levantamentos preliminares feitos pela DECCOR e pelos órgãos de controle mostraram que as empresas alvos da operação possuem estreita ligação entre si, algumas dividindo inclusive o mesmo endereço, e sendo administradas por familiares próximos”. O nome da operação faz referência ao estreito laço familiar mantido entre os supostos empresários e suas empresas.

Segundo a investigação policial, “dados apontam que elas venceram licitações de 2017 a 2020, recebendo entre R$ 3 e 4 milhões de reais por ano só do município de Batalha”. 

A investigação também apontou que, “aparentemente, as empresas não possuem capacidade operacional para o fornecimento dos materiais licitados (material de limpeza, papelaria e medicamentos). Uma delas não possui sequer funcionário contratado”. 

A Polícia Civil ressalta que “a investigação encontrou indícios de favorecimentos escusos, visto que algumas pessoas jurídicas foram recém-criadas e, mesmo assim, conseguiram vencer certames para fornecimento de grande quantidade de produtos. Também há suspeita de combinação de preços entre os licitantes para escolha dos vencedores”. 

Com informações: Cidade Verde

Facebook