A Prefeitura de Picos, através da Secretaria Municipal de Saúde, deu início nesta segunda-feira, 19 de julho, ao projeto de castração gratuita de cães abandonados nas ruas.
O objetivo é implementar políticas públicas eficazes para o controle da população canina, de machos e fêmeas, de forma humanizada, diminuindo a procriação através da intervenção cirúrgica.
Pela manhã, o Secretário de Saúde, Aldo Gil de Medeiros e a Presidente da APAPI – Amigos Protetores dos Animais de Picos, Sanya Elayne, estiveram reunidos para acertar os detalhes dos procedimentos necessários para localizar e apreender os animais que serão levados até uma Clínica Veterinária para a castração. Também participaram do encontro o Coordenador Administrativo Edivan Sousa e o Veterinário Fagner.
“Nós estamos atendendo a um apelo da população para enfrentar a questão dos animais abandonados, de forma humana, tomando as precauções necessárias para que eles sejam bem tratados, operados e, assim, diminuir a velocidade de procriação. É muito importante essa parceria com a APAPI, já que os protetores estão todos os dias trabalhando voluntariamente na alimentação, resgates e tratamentos desses animais e irão nos ajudar a mapear os pontos mais críticos da cidade” disse Aldo Gil.
Sânya Elayne explicou que o projeto de castração é um sonho de muito tempo da APAPI e que é um momento de comemoração de anos de luta:
“Desde a fundação da APAPI, em 2015, a gente vem lutando, primeiro pela criação da Lei que tramitou na Câmara e foi sancionada pelo Prefeito, depois pela aprovação desse projeto. Nós entendemos que a castração é a única medida que pode realmente diminuir o abandono, a fome e a dor dos animais de rua. Nosso trabalho é voluntário, diário e muitas vezes nos sentimos impotentes diante da quantidade de casos cada vez mais graves de maus tratos criminosos, de fome, de sede e de animais acidentados. Nós agradecemos ao Secretário de Saúde que fez agora o que ninguém fez antes: Dar início à castração de animais abandonados” disse Sanya Elayne.
Pelo projeto serão castrados, por dia, quatro machos e uma fêmea e a APAPI ficou encarregada de mapear os locais e auxiliar tanto no resgate quanto no pós operatório dos animais que não poderão ser devolvidos para a rua antes de estarem cicatrizados.
A APAPI vai criar um cadastro geral de todos os animais e uma forma de assinalar os já castrados para que não sejam recolhidos novamente em uma operação futura.
O Centro de Zoonoses irá disponibilizar o veículo para resgate, transporte e ainda pessoal treinado para a apreensão dos animais.
A Secretaria de Saúde arcará com os custos de todo o processo.
“Estamos colocando a estrutura da Secretaria de Saúde, através do Centro de Zoonoses para dar andamento ao projeto. Sabemos que não resolve a situação de imediato, mas o mais importante é dar início às ações e colher os resultados mais adiante. Somos contra o abandono e é dever do poder público fazer tudo ao seu alcance, mesmo com algumas limitações de estrutura e recursos, para agir em prol dos animais e dar uma resposta à população que nos cobra o controle de zoonoses e com relação aos riscos que esses animais trazem para si mesmos e para as pessoas” concluiu Aldo.
O primeiro bairro contemplado será a COHAB e os protetores já se mobilizam para cadastrar animais e lares temporários possíveis, além de contatar protetores que cuidam de cães comunitários no local para que eles sejam castrados nesta primeira etapa.
Fonte: CCOM