O juiz Ulysses Gonçalves da Silva Neto converteu em preventiva a prisão em flagrante da acusada de matar o ex-namorado Johonigelison Feitosa de Oliveira, 25 anos, na saída de um motel na BR 343, em Altos, nessa segunda-feira (23). A decisão foi dada na manhã desta terça-feira (24), durante audiência de custódia.
Em entrevista ao GP1, na manhã de hoje, o chefe de investigação do 14º Distrito Policial de Altos, Henrique Araújo, afirmou que embora a acusada fosse mãe de filho menor de idade, a criança vivia sob os cuidados dos avós, portanto, o pedido de medida cautelar diversa de prisão (prisão domiciliar) feito durante audiência de custódia não cabia no caso em questão.
Foto: Lucas Dias/GP1
Policial Henrique Araújo
O juiz ressaltou ainda que a mesma possuía contra si um ato infracional análogo a homicídio, em função da morte de uma garota ocorrida no ano de 2015, motivo pelo qual o magistrado ratificou a necessidade de converter o flagrante em prisão preventiva para a garantia da ordem pública.
“Apesar da acusada não ter sido encontrada com a arma e ser réu primária na maioridade, ela já respondia por outro homicídio quando era menor de idade, em 2015, por ter matado uma outra menina afogada em Teresina, e o juiz entendeu que a prisão domiciliar não cabia a ser aplicada”, detalhou o agente Henrique.
O crime
Conforme a Polícia Civil, a vítima já estava separada de sua ex-mulher quando conheceu a acusada, com quem teve um breve relacionamento e em seguida terminou. Durante a madrugada de ontem, Johonigelison mandou mensagens para a acusada dizendo que estava em um motel com outra mulher, o que motivou a raiva da suspeita, que foi ao estabelecimento onde a vítima estava junto com um mototaxista.
“Esse rapaz estava em um motel com a namorada, quando recebeu mensagens dessa ex perguntando onde ele estava. A vítima respondeu que estava nesse motel, inclusive, mandou até uma foto, sendo esse o motivo que deixou a acusada com muita raiva. Após receber a mensagem, a suspeita do crime se deslocou até o motel com outra pessoa, onde aguardou o rapaz sair do local e, supostamente, efetuou um disparo de arma de fogo contra a cabeça da vítima. Ela acabou sendo reconhecida pela cor do cabelo que chamou atenção da atual namorada que estava com Johonigelison quando ele morreu ”, informou o policial.
Foto: Reprodução/WhatsApp
Johonigleison Feitosa de Oliveira
Prisão da acusada
Horas depois do crime, ela foi presa próximo ao 14º DP e durante depoimento tentou envolver a ex-esposa da vítima com o crime. A Polícia Civil ainda tenta localizar o mototaxista que estava em companhia da acusada, para prestar depoimento, mas não obteve sucesso.
“Ela tentou negar tudo, tentou colocar a culpa na ex-esposa da vítima, que não tem nada a ver, inclusive, estavam julgando ela. Estamos ainda na linha de investigação para saber se o mototaxista que estava com acusada tem alguma coisa a ver com o caso, já o identificamos e vamos tentar encontrá-lo para conversar com ele”, finalizou.
Fonte: GP1