Cerca de 53,3% da malha rodoviária pavimentada no estado do Piauí possuem algum problema e são consideradas regulares, ruins ou péssimas, é o que revela o levantamento divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) na última quarta-feira (1).
Ao todo, o estudo analisou 3.446 km de rodovias federais e os principais trechos de estradas estaduais, que representam 3,2% do total pesquisado em todo o Brasil, e avaliou outros elementos, como a qualidade da pavimentação das pistas.
Segundo a pesquisa, mais de 46% das rodovias federais que cortam o Estado apresentam algum tipo de problema relacionado ao pavimento. Considerando a sinalização, quase 59% da malha rodoviária piauiense foi classificada como regular, ruim ou péssima.
O estudo também constatou que o traçado simples predomina em quase toda a malha rodoviária piauiense. Também falta acostamento em 38,5% dos trechos examinados, bem como a falta de sinalização em áreas com curvas perigosa foi constatada em 71,6% do total.
A pesquisa CNT ainda identificou 118 pontos críticos nas rodovias que cortam o Estado, sendo 100 trechos com buracos maiores que um pneu. Para a confederação, as condições do pavimento nas estradas do Piauí geram um aumento no custo operacional do transporte em quase 30%.
Além disso, a entidade estima que só este ano haverá um consumo desnecessário de 26,6 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento da malha rodoviária no Estado, um desperdício estimado em mais de R$ 117 milhões aos transportadores.
Ainda de acordo com a CNT, os investimentos necessários para recuperar as rodovias no Piauí, com ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução, totalizariam cerca de R$ 1,1 milhão.
Da Redação