O senador Wellington Dias (PT) disse ontem que o combate aos efeitos da seca depende, em primeiro lugar, da educação do povo que, segundo ele, deve ser preparado para conviver com a irregularidade das chuvas que constantemente atinge o Piauí.
Wellington Dias citou o exemplo de Ipiranga, afirmando que naquele município do semiárido a população sofre menos com a seca do que os habitantes de outras regiões do Estado.
"O problema é que estamos ainda convivendo com a seca como há dois séculos atrás, isto é, plantando arroz onde não dá arroz, plantando feijão onde não dá feijão, porque os agricultores não têm recebido orientação adequada sobre a questão", assinalou ele.
O senador petista acrescentou que, além da educação, há necessidade de que sejam realizadas obras estruturantes, como adutoras que levem água das barragens para o abastecimento humano e de animais nos municípios e sistemas de irrigação.
Respondendo ao deputado Cícero Magalhães (PT) que indagou sobre os juros cobrados nos empréstimos obtidos por produtores rurais, Wellington Dias defendeu a redução das dívidas bancárias em até 80%.
Wellington Dias assinalou que o Governo Federal vai investir no monitoramento das mudanças climáticas para evitar que os agricultores sejam prejudicados pela irregularidade das chuvas.
O deputado Antônio Uchôa (PDT) disse que Israel conseguiu com a irrigação aumentar sua produção agrícola mesmo estando em uma região onde chove pouco e a deputada Rejane Dias (PT) indagou ao senador sobre o Fundo Emergencial de Combate à Seca adotado no período em que ele governou o Piauí.
Wellington Dias disse que a irrigação é importante para assegurar a produção agrícola e que o Fundo de Combate à Seca foi implantado tendo como base o Fundo de Combate à Pobreza aprovado pelo Congresso Nacional.
Fonte: Alepi