Por Luciano Coelho
O Banco do Nordeste tem uma verba de R$ 1 bilhão para atender os trabalhadores e comerciantes as prefeituras atingidas pela seca com financiamentos a baixo custo. Nesta quinta-feira (24), o governador Wilson Martins (PSB) reuniu-se no Palácio de Karnak com representantes do BNB, do Emater, Secretaria de Defesa Civil e da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) para desburocratizar as linhas de crédito.
É bom atentar que somente os municípios que decretaram situação de emergência e tiveram este decreto reconhecido pelo Governo Federal terão direito ao crédito a baixo custo. O R$ 1 bilhão está disponível para todo o Nordeste, quem apresentar projetos primeiro leva o dinheiro.
Pelas informações do Governo do Estado, pelo menos 75 mil pessoas no Piauí, entre agricultores familiares, médios agricultores, comerciantes e agroindustriais poderão lançar mão da linha de crédito especial. Não existem limites de valores por estado.
Cada agricultura familiar poderá pegar até R$ 12 mil, com carência de cinco anos, juros de até 1% ao ano e, quem pagar em dia, poderá ter um abatimento de 40% do valor. O médio produtor, o comerciante e o agro industrial poderão pegar até R$ 100mil, com três anos de carência, e juros de até 3,5% ao ano.
O Piauí tem cerca de 30 mil agricultores cadastrados no Pronaf. As outras 45 mil pessoas que são público alvo da linha de crédito, os técnicos do Emater, que tem escritório em todos os municípios, ajudarão a buscar os outros beneficiados, fora do Pronaf.
O presidente do BNB, Isaias Dantas, informou ao governador Wilson Martins, que as primeiras operações já estão sendo feitas, mas não soube precisar o número. No Piauí, até agora, 122 municípios decretaram situação de emergência e destes, 96 foram reconhecidos pela Defesa Civil Nacional. Somente estes poderão lançar mão da linha de crédito especial.
Na próxima semana, o governador Wilson Martins anunciou que vai realizar reuniões com os órgãos que participaram da reunião no Karnak nos municípios de Picos e depois em São Raimundo Nonato, envolvendo ainda as entidades afins, como as prefeituras, sindicatos de trabalhadores rurais, dentre outros.
Fotos: CCOM