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O pedido de cassação do governador Wilson Martins (PSB) volta para a pauta do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí - TRE-PI - na próxima terça-feira (19). Por outro lado, uma ação movida pelo gestor contra o ex-prefeito Sílvio Mendes (PSDB) e o deputado estadual Firmino Filho (PSDB) também será julgada na mesma data.
O processo contra o governador é por acusação de abuso de poder político e econômico nas eleições estaduais de 2010. A ação movida pela coligação "A Força do Povo" pede a cassação dos diplomas e declaração de inelegibilidade. São citados Wilson Martins, o seu vice Moraes Souza Filho (PMDB) e ainda do prefeito de Teresina, Elmano Férrer (PTB), por conta de uma entrevista deste a uma emissora de rádio. Na época, Férrer teria justificado o apoio a Wilson Martins em função de recursos federais a serem destinados para a capital.
Na outra ação de investigação judicial eleitoral, a coligação "Para o Piauí Seguir Mudando", encabeçada por Martins, faz pedido semelhante contra o candidato a governador em 2010 Sílvio Mendes. Ainda são citados seu vice, o empresário R. Sá, e o deputado estadual Firmino Filho. As motivações seriam abuso de poder econômico, político e de autoridade, com a suposta contratação irregular de servidores na Fundação Municipal de Saúde, da qual o então vereador Firmino Filho foi presidente.
Geórgia Nunes, advogada da coligação tucana, informou que as alegações já foram apresentadas e irá sustentar que as contratações foram feitas após termo de ajuste de conduta celebrado com o Ministério Público antes de Firmino Filho assumir a Fundação Municipal de Saúde. Além disso, o então vereador deixou o órgão seis meses antes para se candidatar.
O Cidadeverde.com conseguiu não contato neste domingo com William Guimarães, advogado que defende a coligação "Para o Piauí Seguir Mudando".
Atualizada às 17h21
A redação do Cidadeverde.com entrou em contato com o advogado Thiago Férrer, que acompanha o processo movido contra o prefeito Elmano Férrer. Ele informou que todas as acusações feitas ao gestor foram combatidas pelas testemunhas.
"Há inclusive documentos anexados pela Caixa Econômica Federal demonstrando que não houve troca de apoio por verbas federais. Todas as acusações foram totalmente combatidas pelas testemunhas e o próprio procurador regional eleitoral [Alexandre Assunção e Silva] emitiu um parecer pedindo a improcedência da ação", explicou o advogado.
Fábio Lima e Jordana Cury
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