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CICO é extinta e PI terá novo grupo para investigar crime organizado

29/11/2012 |
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O secretário estadual de Segurança Pública, Robert Rios Magalhães, assinou portaria criando o Grupo de Repressão ao Crime Organizado - Greco -, tornando extinta a Comissão Investigadora do Crime Organizado - Cico -, criada há aproximadamente 10 anos.

Robert Rios, secretário de segurança

"A Cico deixou de existir", confirma Robert Rios ao Cidadeverde.com. Ele também anunciou que o delegado Menandro Pedro, hoje no 25º Distrito Policial, será o novo comandante do grupo. "Ele pode tirar quem quiser, botar quem quiser, trabalhar à vontade. Eu só cobro os resultados". Alguns nomes hoje lotados na Cico podem ser mantidos, enquanto outros remanejados para delegacias.


A inauguração do Greco, na mesma sede da extinta Cico na avenida Gil Martins, zona Sul, está marcada para a próxima terça-feira, 4 de dezembro.

Além disso, Robert Rios anunciou a criação de uma Delegacia de Homicídios, com cinco delegados treinados em São Paulo. A Delegacia do Silêncio, no conjunto Morada Nova, deverá ser transferida para abrigar a nova equipe ainda neste ano.

Como vai funcionar
Robert Rios explica que o Greco será subordinado diretamente ao gabinete do Secretário de Segurança. "Muitas vezes nós temos dificuldades de operacionalizar a inteligência. Ele (Greco) vai servir como braço operacional da inteligência. Vai apurar todos os crimes que o secretário atribuir a ele e trabalhar em conjunto", explica.

Delegado Menandro Pedro

A portaria foi assinada no dia 22 de novembro e atribui ao Greco funções semelhantes às da Cico, como apuração de crimes de assalto a bancos, sequestros, cárcere privado, quadrilhas interestaduais e outros delitos que costumam ter maior repercussão na sociedade.

Motivos
Ao longo da última década, a Cico foi responsável pelas principais operações policiais do Piauí, sendo sempre acionada para os crimes de maior repercussão na imprensa, além de trabalhar em ações sigilosas. No entanto, a Comissão deixou de ter o mesmo peso após o Caso Fernanda Lages, quando o órgão entregou um relatório inconclusivo e a morte da estudante passou a ser investigada pela Polícia Federal.

"Um grupo especial não pode estar na televisão dando entrevista", disse Robert Rios à TV Cidade Verde, dando a entender que a exposição dos policiais e delegados na imprensa pode ter contribuído para a mudança. Na época do Caso Fernanda, delegados e promotores do Ministério Público protagonizaram embates nos telejornais.

Fábio Lima
fabiolima@cidadeverde.com

 

 

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