Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mensalão, o ex-ministro José Dirceu criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em seu blog neste sábado, 1. Para o petista, FHC não deveria falar de relações privadas e de confusão entre público e privado. "Fazê-lo é falar em corda em casa de enforcado."
As críticas do tucano a Lula foram feitas na esteira da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que indiciou a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha, amiga íntima do petista, por tráfico de influência em órgãos governamentais.
Dirceu diz ainda que o ex-presidente tucano deveria ter "recato e humildade" e não criticar a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ex-ministro petista, os fatos históricos comprovam a revolução social e econômica que o PT fez no país. Tucanos e a grande mídia, completa Dirceu, não conseguirão "reescrever a história recente do Brasil"
"Um novo udenismo que age como no passado, de novo a serviço do conservadorismo e dos privilégios de certa elite que não se conforma e não aceita as mudanças empreendidas no país pelos governos do PT, porque teme perder seu poder e riqueza, acumulada a sombra e as custas do Estado," afirma Dirceu.
São Paulo. O ex-ministro também atacou a cobertura da mídia sobre a Operação Porto Seguro e diz que com "abuso dos fatos" blinda a gestão de Geraldo Alckmin e a situação da violência em São Paulo. Ele também cita as operações Vegas e Monte Carlo, dizendo que a imprensa não deu destaque necessário.
Dirceu diz que a cobertura dada à operação que desarticulou a organização que vendia pareceres técnicos de órgãos da administração pública desvia a atenção publica para a questão que, segundo ele, seria "a mais grave no momento".
"Na Operação Porto Seguro vazam tudo e a imprensa dá o maior destaque possível. Mas, enquanto adota os dois pesos e duas medidas em relação a operações policiais, a mídia desvia a atenção da falência da política de segurança pública do governo Alckmin, uma administração incapaz de enfrentar os problemas que a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) trouxe ao Estado."
Fonte: Agência Estado