Matéria / Politica

Prefeitos assumirão cidades piauienses sem dinheiro e com débitos milionários

11/12/2012 |
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Imagem: Reprodução

Francisco Macedo, presidente da APPM

maior preocupação dos prefeitos eleitos no Piauíé com a inadimplência das prefeiturasnas dívidas que vão herdar dos atuais prefeitos. Com a inadimplênciaos municípios não podem receber recursos para continuidade de serviços públicos em áreas essenciaiscomo educaçãosaúdesaneamento básicoFicam bloqueados recursos de convêniostransferências constitucionais.

Os gestores lembram que, com a municipalizaçãodos serviços, a maioria dos recursos vem comoverba carimbada paraFundeb (Fundo deDesenvolvimento da Educação Básica), para asações de saúde e de saneamento básico,repassados através de convênios com a Funasa(Fundação Nacional de Saúde) e Ministério dasCidadesPorémtudo pode ser inviabilizado pelasituação de dívida dos municípios pela prestação decontas dos convênios ou dos recursos recebidos.

atraso na prestação de contas por mais de 60dias estava gerandobloqueio das contas bancárias por parte do Tribunal de Contas do Estadomas os atuaisprefeitos estão conseguindo liberar estas contas via Justiçaatravés de liminares concedidas pelos desembargadoresdo Tribunal de Justiça. O prefeito eleito de Cocal, Rubens Vieira (PSD), teme não ter como administrarcidade,porquesegundo ele, as dívidas do município somam R$ 21 milhões.

Segundo elesão R$ 10 milhões de débitos com a Previdência Social, R$ 10 milhões em precatórios, R$ 650 mil deenergia elétrica e R$ 100 mil de abastecimento d'águaIsso sem falar em débitos com fornecedoressaláriosatrasados. Segundo o prefeito eleito, a conta da Prefeitura foi bloqueada pelo TCEdesbloqueada pela Justiça e omunicípio não presta contas seis meses. "A cidade está sem aulassem saúde e com o lixo pela rua. As equipes doPSF (Programa de Saúde da Famíliaestão sete meses sem receberHojetemos apenas três dos oito médicosOsservidores estão três meses sem salários", declarou Rubens Vieira.

Segundo ele, a cidade está praticamente parada. O prefeito procurouTCE, o Ministério Públicorecorreuauditoriapara verificarcaos administrativofinanceiro em CocalEle disse que está preparando uma ação pararesponsabilizaratual gestor.

Contas não fechamCerca de 80% dos municípios passa pela mesma situação de CocalRelato semelhante foi feitopelos prefeitos eleitos de Miguel AlvesBarrasUniãoLuís Correiadentre outros. O presidente da AssociaçãoPiauiense dos Municípios (APPM), Francisco Macedoreconheceu quemaioria dos municípios não vai conseguir fecharas contas.

Segundo Macedohouve queda de repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Imposto sobreCirculação de MercadoriasServiços (ICMS). As finanças públicas estão debilitadasnão foram suficientes para cobriras despesas. "Os prefeitos estão fazendoimpossível para tentar mantermínimo de equilíbrio financeiro", disse opresidenteEle ainda revelou quemaior preocupação dos atuais prefeitos é responderem por ação de improbidadeadministrativaserem enquadrados na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), porque isso implica em penalidadesimplicadas pela Lei da Ficha Limpaque gerainelegibilidade dos gestores.

 

Diário do Povo

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