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Mal do homem: 80% têm problema na próstata

06/01/2013 |
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Os sintomas mais comuns são uma maior frequência urináriaOs sintomas mais comuns são uma maior frequência urinária (Foto Jornal Meio Norte)

Um número aproximado de 80% dos homens acima dos 50 anos sofre de Hiperplasia Benigna da Próstata (HPB). São cerca de 14 milhões de brasileiros. Os dados são da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e mostram ainda que essa é a doença prostática mais comum entre os homens. O envelhecimento é o maior fator de risco para o desenvolvimento da HBP.

 

Mas se o número já é alto, pode ficar ainda pior em 2013, se as projeções feitas pelo Ministério da Saúde se concretizarem. Segundo essas estimativas, pelo menos 119 mil homens não terão acesso à cirurgia de HBP, seja pelas longas filas de espera ou pela falta de resolutividade do sistema público de saúde.

 

De acordo com o urologista Giuliano Aita, a patologia é realmente a mais comum da próstata e nada mais é que um crescimento da glândula, que obstrui parcial ou totalmente a uretra, prejudicando o fluxo normal da urina. “O paciente sente dificuldade para urinar, podendo inclusive necessitar de sonda vesical para o esvaziamento da bexiga.

 

Os sintomas mais comuns são uma maior frequência urinária, especialmente à noite, ardência ao urinar, sensação de não ter esvaziado a bexiga por completo e até mesmo a presença de sangue na urina”, comenta o médico. Ele afirma, porém, que há uma série de tratamentos disponíveis para combater a doença, que permitem evitar a cirurgia em grande parte dos pacientes.

 

“Há várias alternativas de tratamento clínico para a hiperplasia benigna da próstata. Recentemente a indústria farmacêutica disponibilizou nova medicação, que tem mostrado excelentes resultados. Vale ressaltar também que o aumento da próstata, se não acompanhado de sintomas urinários, não exige tratamento, e sim acompanhamento.

 

Além disso, não há relação entre o aumento da próstata e o aparecimento de câncer na glândula”, reforça Aita.

 

Quando há indicação da cirurgia, isto é, nos casos em que o tratamento medicamentoso não é bem- sucedido ou mal tolerado, opta-se pela cirurgia pelo canal da uretra (ressecção transuretral de próstata) em mais de 80% dos casos.

 

“Quanto mais precoce for detectado o problema, maiores as chances de sucesso do tratamento clínico. Ainda assim, atualmente a cirurgia para o tratamento da HBP não é acompanhada de cortes e não compromete a potência sexual”, afirma Giuliano.

 

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que os homens com mais de 40 anos de idade façam anualmente avaliação médica especializada para a prevenção e diagnóstico precoce das doenças da próstata.

 

Fonte: Jornal Meio Norte

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