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Não me peçam para usar a máquina pública na eleição, diz vice-governador Zé Filho

25/03/2014 | Edivan Araujo
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A onze dias de assumir o governo do Piauí, o vice-governador Antonio José de Moraes Souza Filho, o Zé Filho (PMDB), já fala com propriedade sobre sua futura administração. Ele assegurou a imprensa, durante entrevista, que fará poucas mudanças e que não abre mão de pastas como a Saúde, Educação e Fazenda. Garante que a missão do PMDB a frente do Palácio de Karnak será a de dar continuidade nos próximos 9 meses ao governo Wilson Martins.
Sobre política, Zé Filho explica o motivo de ter desistido de ser o candidato da base aliada ao governo e manda um recado para quem pensa em se aproveitar de seu governo para se beneficiar nas eleições. “Ninguém me peça para usar o estado, usar a máquina pública, usar o que quer que seja do estado, do povo do Piauí, em prol da candidatura de quem quer que seja”, avisa o futuro governador.
Diário do Povo – Por que o senhor desistiu da candidatura à reeleição, já que existia a perspectiva de assumir o governo?
Zé Filho – Eu tenho a convicção que ninguém é candidato de si próprio. Numa conversa com todos os partidos que compõem a base aliada, tiveram alguns que não me apoiaram. Então, eu não era consenso dentro desses partidos que hoje dão sustentação ao governo. Naquela ocasião tinham outros nomes, como o deputado Marcelo Castro, do ex-prefeito Sílvio, do deputado Wilson Brandão, do Átila Lira, enfim, o do deputado Marcelo Castro teve consenso de todos os partidos da base. Eu entendi que não sendo candidato de si próprio, eu não seria a pessoa desagregadora dessa coligação, que eu acho importante que continue. Eu acho que o que foi implantado pelo governador Wilson Martins deve continuar. Eu não tenho essa obsessão nenhuma pelo cargo, pelo poder. Sou muito desprovido dessa questão toda. O nome do deputado Marcelo Castro era naquela ocasião o melhor nome para disputar o governo do estado.
IM – Existe ainda alguma possibilidade de Marcelo Castro não ser candidato?
ZF – Está definido, a não ser que ele próprio chegue amanhã e diga que não quer ser mais candidato. Ai é uma decisão pessoal dele. Aí teríamos que ver outro nome no grupo, mas não vejo por que não ser ele, já que todos os partidos o apóiam de forma irrestrita.
IM – As pesquisas não influenciariam?
ZF – Não, de forma nenhuma.
IM – Como vai acontecer a transição?
ZF – Será dia 4, uma sexta-feira, provavelmente umas 10h na Assembleia Legislativa, para onde ele deverá estar mandando a carta de renúncia. Automaticamente o presidente da Assembleia convoca os deputados para ser lida a carta e convocar o vice para assumir e depois a transmissão de cargo no Palácio de Karnak.
IM – Qual sua expectativa para governar o Piauí?
ZF – Eu não estou agoniado em nada. Não vai acontecer essa mudança toda que as pessoas estão esperando. Vai ser um governo de continuação. Vai mudar o governador, mas não vai mudar a forma de governar, até por que eu acho que esse governo está fazendo muito pelo estado. O que vai haver são substituições porque algumas pessoas serão candidatas a vários cargos, outros vão sair por que vão fazer outras coisas. Vai ter substituição, mas vai ser o mínimo possível. Nada demais. Eu não quero que sofra nenhum tipo de descontinuação no trabalho que estão sendo feito.
IM– Todos os partidos da base terão espaço no seu governo?
ZF – Quem está conduzindo isso é o governador Wilson Martins. Ele é que está conversando, claro que estou participando. Todos esses partidos terão seus devidos espaços na maneira como o governador está conduzindo.
 
Fonte: Diário do Povo

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