Um levantamento feito pelo Congresso em Foco revelou que parlamentares piauienses destinaram R$9,1 milhões de suas emendas parlamentares para festas e eventos no Estado, durante todo o ano de 2011. Em todo país, os deputados e senadores destinaram, no ano passado, recursos de R$249 milhões que já foram incluídos no Orçamento da União para ser liberados este ano.
Entre os congressistas, o ex-deputado Antônio José Medeiros (PT), que destinou R$250 mil para "promoção de eventos para divulgação do turismo interno" no Estado do Piauí.
O deputado Júlio César Lima (PSD) também reservou R$2 milhões de suas emendas para o mesmo destino. Assim como os deputados Marcelo Castro (PMDB), que destinou R$500 mil. Os deputados Osmar Júnior (Pc do B) e Themistocles Sampaio (PMDB) foram um pouco mais generosos. O primeiro reservou R$1 milhão, enquanto o peemedebista liberou R$2 milhões.
O deputado Paes Landim (PTB), segmentou os R$500 mil de emendas para a "promoção de eventos para divulgação do turismo interno" nos municípios de Castelo do Piauí (R$100 mil), Monsenhor Gil (R$100 mil), Pedro II (R$150 mil) e São João do Piauí (R$150 mil).
Os atuais senadores, Ciro Nogueira Filho (PP), que na legislatura passada era deputado federal, e João Vicente Claudino (PTB) também integram a relação. O progressista destinou R$2 milhões para a "promoção de eventos do turismo interno" no Estado, enquanto o petebista destinou R$900 mil.
As emendas de João Vicente, entretanto, são divididas para a "promoção de eventos para divulgação do turismo interno" em Castelo do Piauí (R$150 mil), Conceição do Canidé (R$150 mil), Patos do Piauí (R$150 mil), Pedro II (R$150 mil) e Teresina (R$300 mil).
Segundo o Congresso Em Foco, a reserva de recursos poderia ter somado quantias mais vultuosas. O montante só não é maior em relação ao montante destinado no ano passado porque, após uma série de denúncias e constatação de fraudes, o Ministério do Turismo colocou algumas barreiras.
Até o ano passado, as prefeituras precisavam informar ao ministério o nome da atração, com o respectivo valor a ser pago e um contrato de exclusividade. Mas as regras mudaram e, este ano, dezenas de planos de trabalho aprovados pelo órgão restringem essa identificação a "banda de renome regional" ou "banda de renome nacional", sem informar o nome do grupo.
Um dos motivos que levou a mudança de regras foi a disparidade no cachê pago aos artistas. A Controladoria Geral da União (CGU) chegou a suspeitar, devido o interesse dos deputados e senadores em destinar emendas para esse tipo de evento, que havia institutos de fachada ligados a parlamentares que fraudavam os contratos dos eventos para desviar recursos públicos.
Quanto cada parlamentar reservou para eventos
ANTONIO JOSÉ CASTELO BRANCO MEDEIROS -R$ 250 mil
CIRO NOGUEIRA - R$ 2 milhões
JOÃO VICENTE CLAUDINO - R$900 mil
JÚLIO CESAR - R$2 milhões
MARCELO CASTRO - R$500 mil
OSMAR JÚNIOR - R$ 1 milhão
PAES LANDIM - R$ 500 mil
THEMÍSTOCLES SAMPAIO - R$ 2 milhões
Fonte e Imagem: Jornal O Dia
