Assim como já tinha adiantado o, o ex-prefeito de Teresina Sílvio Mendes (PSDB) participou de uma reunião na manhã deste sábado (31/05), na casa do deputado federal Marcelo Castro (PMDB), e o resultado foi o aguardado. Marcelo Castro desistirá da pré-campanha, e quem será o cabeça de chapa é Sílvio Mendes, com Marcelo Castro de vice.

Já circula nos bastidores da política a provável definição do deputado Marcelo Castro (PMDB) sobre que caminho vai seguir nas eleições de 2014. Na entrevista que vai conceder à imprensa na próxima segunda feira Marcelo deve anunciar que vai disputar a convenção com o governador Zé Filho, mas se apresentando como candidato a vice numa chapa encabeçada por Silvio Mendes, do PSDB. Ao que parece, ao dar a facada nas costas de Marcelo e da base aliada, Zé Filho pode ter dado a munição exata para um candidato disputar fortemente o Governo do estado contra Wellington Dias, do PT.

Marcelo já teria decidido que não disputa a vaga de deputado federal. Será Marcelo Filho o candidato da família, uma vez que seu outro filho, castro Neto, não se desimcompatibilizou quando o acordo era apoiar Paulo Márcio, pré-candidato do governador Zé Filho a uma vaga na Câmara Federal.

A disputa em convenção é importante para se tentar conseguir mais tempo para a campanha de Silvio. E seja qual for o resultado, Marcelo segue imediatamente para o inteior do estado, tentando manter o máximo dos acordos costurados no início do ano. Dentro do próprio PMDB Zé Filho já é tido como inapto para o trato político, por ter tirado do partido a possibilidade de fazer o próximo governador, vez que com o partido rachado, Zé Filho seguiria para uma vergonhosa campanha em que não seria nem um pouco difícil acabar ainda atrás de seu tio, o Mão Santa, do PSC.

MUDANÇA NO PERFIL DA CAMPANHA
O que havia até o momento era um confronto de grupos políticos. Mas a traição do governador Zé Filho, que se dizia "desapegado" ao cargo e se mostrou um motoqueiro imprudente na política muda tudo. Haverá um confronto de idéias e postura. Zé Filho mostrou o quanto é "pequeno" na política ao ameaçar correr para os braços de Wellington Dias (PT) caso seu nome não fosse aclamado, como aquele garotinho mimado que é o dono da bola e acaba a brincadeira porque joga ruim e não foi escalado pro time.

Hoje, o PT está aliado às duas maiores fortunas e famílias tradicionais da elite piauiense: os senadores Ciro Nogueira e João Vicente Claudino. Com Zé Filho chegando ao grupo, Silvio Mendes e Marcelo Castro iriam enfrentar a mais pura concentração de poder político e econômico do Piauí, um perfil de grupo que se afasta do apelo popular.

E COMO FICA WILSÃO?
A falta de palavra de Zé Filho já não serve para a campanha de Wilson Martins, do PSB. O atual governador mantém o pré-candidato ao senado ainda ao seu lado na base da "faca no pescoço", coisa que quem conhece Wilson sabe que ele não aceita. Zé teria dito a Wilsão que se ele não o apoiasse como candidato, daria seu palanque a João Vicente, do PTB. E isso já mostra a falta de comprometimento do peemedebista.

A imagem de Wilson Martins seria beneficiada na chapa de Silvio e Marcelo e, por este motivo, Martins estaria decidido a usar sua influência nos bastidores para favorecer Marcelo na convenção do PMDB.