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Marllos e Hugo são os deputados que mais gastaram no primeiro semestre

16/07/2011 |
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Por Daiane Rufino

Os deputados federais Marllos Sampaio (PMDB) e Hugo Napoleão (DEM) foram os parlamentares do Piauí que mais gastaram com verbas no Congresso Nacional de fevereiro a junho de 2011, que corresponde ao primeiro semestre do ano legislativo. Marllos gastou R$ 132.069,86 e Hugo gastou R$ 130.794,00.




Marllos gastou R$ 2.109,79 com passagens aéreas; R$ 7.277,10 com serviços de telefone; R$ 9.618,32 com alimentação; R$ 150,00 com hospedagem; R$ 38.915,00 com locação de veículos; R$ 21.300,00 com combustível, dentre outras despesas.

Hugo Napoleão gastou R$ 19.930 com passagens aéreas; R$ 13.936,00 com serviços de telefone; R$ 2.003,00 com alimentação; R$ 954,80 com hospedagens; R$ 40.250,00 com aluguel de carros; R$ 19.386 com combustível, dentre outros gastos.

O parlamentar com menores gastos nestes cinco primeiros meses foi Nazareno Fonteles, que gastou R$ 50.323,51.

Veja gastos dos deputados piauienses:




No total dos parlamentares, a Câmara dos Deputados usou R$ 48,3 milhões de fevereiro a junho de 2011 para gastos de deputados com o exercício do seu mandato, sendo que 18% desse dinheiro foi utilizado em propaganda para os próprios parlamentares, dentro das regras do Congresso.

A conta pode ser ainda maior porque cada deputado tem até três meses para informar os gastos, embora a maioria prefira fazê-lo rapidamente. Os valores foram obtidos com dados disponíveis no site da Câmara até 1º de julho e indicam que os congressistas usaram em itens como cota postal, passagens aéreas, combustíveis e consultoria. O valor também seria equivalente, por exemplo, ao suficiente para atender cerca de 700 mil pessoas com o benefício básico de R$ 70 ao Bolsa Família (valor concedido aos beneficiários considerados em situação extremamente pobre) em um mês.

No país, o deputado que mais pediu reembolso foi Cléber Verde (PRB-MA): R$ 166,8 mil -R$ 81 mil a mais que a média de R$ 85,2 mil por deputado, contando todos os 567 que já assumiram neste ano. Em seguida aparecem Pinto Itamaraty (PSDB-MA) e Evandro Milhomen (PCdoB-AP), com R$ 155,7 mil e R$ 152,2 mil, respectivamente.


O que é a cota?


A cota para exercício da atividade parlamentar é uma verba destinada pela Câmara para reembolsar os deputados por gastos decorrentes de seu trabalho. Inclui 12 categorias de gastos, de telefonia e alimentação a aluguel de carros e divulgação.

O valor máximo mensal da cota varia para cada Unidade da Federação (UF), de R$ 23 mil (para deputados do Distrito Federal) a R$ 34 mil (para deputados de Roraima). A tabela abaixo mostra o teto da cota para cada UF:

Se o deputado não gastar o máximo que pode em um mês, o que sobra acumula e pode ser usado depois - mas só até virar o ano, depois disso o crédito expira. As regras para uso da cota são estabelecidas pelo ato 43 da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, publicado em 21 de maio de 2009, quando o presidente da Casa era Michel Temer (PMDB-SP) -atual vice-presidente da República.

Com informações da Agência Câmara e do UOL

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