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O prefeito Firmino Filho (PSDB) também concedeu uma entrevista coletiva à imprensa, no final da tarde desta quarta-feira (13), para lamentar a morte de Eduardo Henrique Accioly Campos, 49 anos, ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República pelo PSB.
Colegas de faculdade no curso de Economia da Universidade Federal de Pernambuco, Firmino e Eduardo eram amigos desde a década de 80, e, recentemente, foram dois dos maiores entusiastas das reaproximação política dos seus partidos, PSDB e PSB.
Na entrevista coletiva, Firmino disse que o País perde uma promissora liderança política, com potencial para chegar, cedo ou tarde, à Presidência da República.
O prefeito Firmino Filho concede entrevista coletiva e lamenta morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB) em acidente aéreo (Foto: Elias Fontinele / O DIA)
Para o tucano, Eduardo ainda poderia contribuir muito para o Piauí e para a capital Teresina, com sua natural ascensão na política. "É um momento para expressarmos a importância do Eduardo. Nós sabemos que o Brasil perde muito com a sua morte. Não apenas Pernambuco, mas também o Nordeste e o País como um todo. Ele, ao longo da sua carreira pública, demonstrou ter muita competência gerencial, foi o melhor governador da história de Pernambuco, levou o Estado a superar suas dificuldades gerenciais e econômicas, a se transformar. Mas ele demonstrou competência não apenas no campo da gestão, como também no campo da política", afirmou Firmino.
O prefeito de Teresina também elogiou a coragem de Eduardo ao romper com o governo da presidenta Dilma Rousseff (PT), em setembro de 2013, e seguir para a oposição. "Foi uma pessoa que utilizava a conversa como uma importante prática, tinha um diálogo frequente e amplo com todas as forças políticas, mas ao mesmo tempo ele tinha uma capacidade de tomar decisões e se posicionar. Tinha coragem suficiente para tomar posições como aquela que ele tomou no ano passado, de romper com o Governo Federal e se lançar candidato à Presidência da República. Ao mesmo tempo tinha um grande perfil gerencial e também um perfil de um líder democrático. Ele sabia liderar e impor sua visão. Como um político novo, ele buscava fazer uma síntese dialética entre PT e PSDB. Ao mesmo tempo em que ele elogiava os avanços e as reformas que o PSDB fez no País, elogiava os avanços e os programas sociais que o PT trouxe. Fazia também uma crítica a esses dois partidos e se propunha a consolidar esses avanços, a realizar correções de rumo, para que nós pudéssemos ter um futuro melhor", acrescentou.
O chefe do Executivo municipal também rememorou os tempos em que fez faculdade de Economia com Eduardo, na UFPE. "Para mim é uma grande perda. Foi um amigo da época de universidade, do movimento estudantil e da política. Estivemos juntos na militância jovem, percorremos as pequenas cidades da Zona da Mata de Pernambuco, enfim, tivemos uma juventude bastante ativa. E, durante todo esse período, nós mantivemos uma amizade muito sólida. Ele sempre foi uma pessoa solidária e fraterna com os amigos. Sempre foi uma pessoa pra cima, positiva, alegre, gostava de contar histórias, era inteligente, estudioso. E se dedicou à política, nutriu a paixão pela política, cresceu na política, e se consolidou como um grande líder do seu povo e do seu Estado", conclui Firmino.
Fonte: Portal O Dia
