Pelo menos quatro ministros – Aloizio Mercadante (Casa Civil), Mauro Borges (Desenvolvimento e Comércio Exterior), Manoel Dias (Trabalho) e Marcelo Néri (Assuntos Estratégicos) – anunciaram nesta quarta-feira (12) que colocaram os cargos à disposição da presidente Dilma Rousseff.
Embora colocando os cargos à disposição, esses ministros devem permanecer nos postos até o final do atual mandato da presidente. A atitude deles é diferente da de Marta Suplicy (Cultura), que nesta terça entregou carta de demissão e deixou o cargo – o ministério passou a ser conduzido interinamente pela secretária-executiva Ana Cristina Wanzeler.
O movimento para que os ministros coloquem os cargos à disposição foi articulado pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. A intenção é deixar a presidente à vontade para dar início à reforma ministerial depois que voltar da Austrália, onde participa nesta semana da reunião do G20 (as 20 maiores economias do mundo).
Nesta quarta-feira (12), a presidente comentou o assunto no Catar, onde fez escala antes de seguir para a Austrália. Ela afirmou que todos os ministros deverão entregar uma carta a ela – os que vão sair e os que não vão. "Não estabeleci nenhum prazo. Não vou fazer a reforma imediatamente", declarou.
As assessorias dos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), Ricardo Berzoini (Relações Institucionais), Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) e Paulo Bernardo (Comunicações) informaram que eles não entregarão cartas colocando o cargo à disposição. Com isso, a menos que sejam demitidos, eles permanecem nos cargos até 31 de dezembro, um dia antes da posse da presidente para o segundo mandato.
Fonte:G1