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Dias quer explicação sobre uso de R$ 1 bilhão recebido pelo Estado

Governador eleitor afirmou ser inadmissível o Estado ter chegado a uma crise com as proporções atuais.

02/12/2014 | Edivan Araujo
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O governador eleito Wellington Dias (PT) informou que a equipe de transição do governo vem reunindo dados que mostram os danos causados à população do Estado devido à crise nas áreas da saúde, educação e segurança pública. De posse deste documento, ao assumir a administração estadual no dia 1º de janeiro, ele irá assinar decreto de emergência nestas três áreas e no setor de abastecimento de água.

Wellington Dias afirmou ser inadmissível o Estado ter chegado a uma crise com as proporções atuais e quer explicações da atual gestão sobre o que foi feito com os recursos de mais de R$ 1 bilhão que foram recebidos pelo Governo do Piauí desde que terminou o período eleitoral. O futuro governador lembra que o Estado continua recebendo dinheiro do Fundo de Participação dos Estados (FPE), Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS - e outras fontes de recursos.

Segundo ele, será preciso readequar o tamanho da estrutura estadual a realidade das receitas arrecadadas. “Eu faço um apelo ao atual governador e à equipe de governo para que o Estado continue cumprindo com seus compromissos. Desde a eleição o Piauí já recebeu R$ 1 bilhão. O que foi feito com esse dinheiro? Queremos explicações. O dinheiro continua entrando e mesmo com crise seria possível manter os pagamentos em dia se tivesse ocorrido um planejamento”, criticou.

O Estado possui mais de R$ 1 bilhão retido em instituições financeiras por ter desrespeitado o limite prudencial com gastos determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. “O Piauí está inadimplente. Tem mais de R$ 1 bilhão para receber e não pode. Isso é muito dinheiro em qualquer lugar do mundo. Eu vou precisar da ajuda e compreensão da população porque terei que tomar medidas duras para poder readequar o Estado às receitas que possui”, disse.

O futuro governador afirma que irá trabalhar para garantir o repasse salarial para as categorias que tiveram o benefício aprovado em lei pela Assembleia Legislativa do Piauí. “Além de adequar o tamanho do Estado à realidade financeira, será preciso acabar com essas contratações eleitoreiras. Temos notícias de que os gastos com pessoal já ultrapassam 52%. Isso é muito grave”, disse.

 

Fonte: Jornal O Dia

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