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Folha de S.Paulo MÔNICA BERGAMO COLUNISTA DA FOLHA DANIELA LIMA DE SÃO PAULO 02/04/2015 - 21h56
O filho do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Thomaz, 31, é uma das cinco pessoas que morreram na queda de um helicóptero em Carapicuíba, na Grande São Paulo, na tarde desta quinta-feira (5).
Ele estava na aeronave que caiu sobre uma residência dentro de um condomínio na estrada da Fazendinha, em uma área nobre do município. O helicóptero estava registrado em nome da Seripatri Participações, do empresário José Seripieri Junior, também dono da empresa Qualicorp, que administra planos de saúde coletivos.
Thomaz era piloto de helicóptero e muito amigo de Junior. Ele tinha duas filhas, de dez anos e um mês. Policiais que foram ao local reconheceram as tatuagens do corpo do jovem.
O helicóptero estava em fase de testes e revisão. Ele havia decolado de um heliponto em Carapicuíba e faria um voo experimental, retornando ao ponto de origem.
A aeronave é a de modelo EC 155 B1, fabricada pela Eurocopter France, prefixo PPLLS.
Uma equipe do 4º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa-4) foi enviada para investigar as causas da queda da aeronave.
Em nota, a Seripatri lamentou a morte dos ocupantes do helicóptero. O nome de Thomaz não foi citado por ela, que se limitou a dizer que estavam na aeronave dois funcionários da empresa e outros dois mecânicos da Helipark.
O helicóptero, segundo a Seripatri, passou por manutenção preventiva e tinha cerca de quatro anos de uso, com aproximadamente 600 horas de voo. Ela afirma que a aeronave estava com sua documentação e manutenção em dia.
Moradores da região próxima ao acidente dizem que a queda do helicóptero ocorreu perto de um supermercado e que muita gente se assustou com a movimentação da aeronave.
"Se caísse no supermercado naquela hora seria um desastre porque ele estava completamente lotado", afirmou Lucas Batista Ferreira, 18, estudante, morador de Carapicuíba, que viu a aproximação do helicóptero soltando faíscas na parte traseira. Ferreira correu com medo de ser atingido.
"O piloto fez de tudo para cair numa área com menos gente. Se caísse na rua ou no supermercado, seria a pior Páscoa de Carapicuíba", disse
Donizete de Souza, 45, ajudante de produção, iria fazer compras para a Páscoa. Segundo ele, as pessoas do entorno olhavam no céu e saíram correndo com medo de que a aeronave caísse na rua ou no supermercado.
Fonte:Uol