Por Maurício Exenberger diretor de Brasília
O deputado federal José Maia Filho (o Mainha, SD-PI) voltou a defender, nesta quinta-feira, a inclusão de Picos (PI) na relação de municípios que farão parte da Zona Franca do Semiárido Nordestino. Durante a reunião da Bancada do Nordeste, acertou com o presidente da Comissão Especial que trata do assunto (PEC 19/11), deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), a realização de uma audiência com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, para sugerir que a Zona Franca do Semiárido Nordestino não seja contínua, como está prevista, mas sim dividida por regiões.
Segundo o deputado, Raimundo Gomes de Matos considerou justo incluir Picos na Zona Franca por conta da sua importância econômica e logística. “Picos está localizada no semiárido do Piauí, em região onde cruzam três BRs: a 316, a 407, a BR Transamazônica e, além disso, está próxima da ferrovia Transnordestina”, argumenta Mainha.
Em sua fala no encontro, Mainha aproveitou a presença do relator da proposta, deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), do presidente do Banco do Nordeste, Marcos Holanda, dos representantes do Ministério da Integração, Rafael Rezende Neto, e da Procuradoria-Geral da Fazenda, Luiz Beggiora, de parlamentares, entre outras autoridades, para sugerir um debate de como vai ser delineada a região na qual pertencer a Zona Franca.
 “Picos tem um grande potencial e pelo que o coordenador da bancada, deputado Júlio Cesar (PSD-PI), efetivamente, disse, deve ser escolhida uma cidade, em cada estado, fora daquela área prevista, dos 250 quilômetros quadrados, saindo de Cajazeiras, Estado do Paraíba”, explicou. “Eu gostaria que o deputado Júlio Cesar confirmasse essa informação, porque já passou o período de apresentação das emendas, na Comissão Especial, mas nós ainda podemos discutir essa PEC no plenário, tendo em vista a sua relevância para a economia da nossa região.”
Dívidas dos Estados – Para finalizar, o deputado José Maia Filho registrou um dado curioso: “Os estados mais ricos, que se supõe ter mais capacidade de pagamento de suas dívidas, são os que mais devem ao Banco do Nordeste”, ressaltou. “A gente não entende se é por que esses estados recebem um volume maior de investimentos ou se é porque realmente a inadimplência dessas unidades da federação é maior. Acredito que seja devido ao fato de receberem mais investimentos, o que mostra realmente uma necessidade de o Nordeste começar a ser melhor priorizado, até porque nós precisamos acabar com essa desigualdade brasileira. Não se acaba deixando o Nordeste à margem do desenvolvimento nacional.”