O secretário de Administração, Franzé Silva, confirmou que o recadastramento dos servidores públicos estaduais vai começar na terça, 23, após o encerramento do movimento de greve de algumas categorias. O recadastramento para identificar quantos servidores tem no Estado, onde estão e o que fazem, já foi adiado por três vezes.
Segundo o secretário, a ideia do governo é saber quantos são, onde estão e qual a qualificação de cada servidor para assim reavaliar o uso de cargos comis-sionados na gestão estadual. "Precisamos saber quantos servidores nós temos. Qual a qualificação desse servidor. E como ele pode ser melhor utilizado nos serviços essenciais. Se eu tiver servidor que possa estar prestando serviço de forma qualificada no lugar de um comissionado, porque eu vou colocar comissionado?", questionou o secretário.
Franzé afirmou que a prática de contratações de cargos comissionados tem sido empregada como cabide de emprego, e que isso deve ser extinto pelo governo do estado. "Essa política de que o cargo comissionado era um cabide de emprego, isso tem que ser desmontada. Hoje na nova formulação da gestão pública do Piauí temos que saber valorizar o servidor público do Piauí, saber quantos são, onde estão e temos que qualificar eles para as políticas públicas do estado", destacou Franzé. Ao todo, o estado do Piauí possui atualmente 3.200 cargos comissionados.
O levantamento que será feito pelo governo do Estado tem a supervisão do Tribunal de Contas do Estado. Os servidores ativos, inativos e pensionistas terão que se cadastrar novamente. De acordo com o secretário, o último cadastramento foi feito há mais de dez anos. "Estamos com um banco de dados defasado e desatualizado. O quadro de servidores está totalmente desatualizado. Com esse recadastramento, poderemos requisitar aqueles que estão à disposição de outros órgãos ou que podiam ser melhor aproveitados em outras tarefas", ressaltou o secretário.
A medida é uma manobra para reduzir os gastos com pagamento de pessoal e adequação ao limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. "Temos de evitar que o Estado continue no seu limite com gastos com pessoal.", finalizou o secretário Franzé.
Fonte:ÂÂ Diário do Povo