Representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do Piauí, SINTRAJUFE/PI, reuniram-se, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, com a advogada Eduarda Mourão, vice-presidente da Ordem no Piauí, que solicitou mais informações sobre a greve do Judiciário, em especial o movimento programado para os dias 29 e 30 de Junho. Na reunião foram apresentados os motivos da greve da categoria e foram feitos informes sobre o funcionamento dos setores da Justiça (Federal, Eleitoral e do Trabalho) nas cidades onde há movimento de greve.
“A intransigência do governo é a causa da nossa greve. O apagão, que será realizado na próxima segunda e terça-feira, é uma decisão nacional que se fortaleceu ainda mais após a proposta inescrupulosa do Governo. Temos o maior prazer em dialogar com a OAB e reiteramos que a greve continua, nos dias 29 e 30 vamos deliberar os rumos que tomaremos”, informou Pedro Laurentino, diretor do sindicato. Durante a reunião foi ainda dado informe sobre a greve no Estado, que conta com a paralisação, por exemplo, dos cinco cartórios eleitorais de Teresina e mais 39 no interior. Além de Teresina, há greve geral em Parnaíba e Picos.
A OAB informou que reconhece o direito a greve e que se preocupa com a legalidade do movimento. “Reconhecemos o direito de greve e a legitimidade das reivindicações da categoria, mas também buscamos assegurar o direito do cidadão de acesso à justiça e dos advogados realizarem seu trabalho, por isso buscamos dialogar e colaborar pela manutenção da legalidade da greve”, comentou Eduarda Mourão.
A perspectiva é que a mobilização cresça ainda mais. Por isso, com a paralisação de audiências nos dias 29 e 30, a OAB se antecipou e protocolou solicitação formal junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Seção Judiciária do Piauí, ao Tribunal Regional Eleitoral e ao Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região, pedindo a suspensão dos prazos processuais no período da greve.
Fonte: Portal Az