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Rodrigo Janot, procurador-geral da República afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva loteou a BR Distribuidora para conseguir apoio politico. O senador Fernando Collor (PTB) teria recebido "ascendência" sobre a empresa por volta de 2009 em troca de apoio da base governista no Congresso Nacional.

Segundo a Folha de São Paulo, Rodrigo Janot classificou a BR Distribuidora como “uma organização criminosa preordenada principalmente ao desvio de recursos públicos em proveito particular, à corrupção de agentes públicos e à lavagem de dinheiro". Lula não é alvo da procuradoria.

A fala do procurador foi integrada a denuncia protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado do Partido dos Trabalhadores (PT) Vander Loubet. O ministro Teori Zavascki, responsável pela Operação Lava Jato, é quem vai analisar se acolhe ou rejeita a denúncia a presentada pela procuradoria. A BR Distribuidora foi criada ao menos entre 2010 e 2014.

Defesa

Em nota enviada na terça- feira (12), o Instituto Lula disse que diretores da Petrobras e da BR Distribuidora "foram indicados por partidos” e não pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. A instituição ainda ressaltou que a indicação de Nestor Cerveró não foi feita pelo petista e que nunca tratou de um suposto empréstimo ao PT.

Delação Premiada

Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, disse por meio de delação premiada que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, deu-lhe um cargo público em 2008 como reconhecimento pela ajuda para quitar um empréstimo de R$ 12 milhões considerados fraudulentos pela Operação Lava Jato.

Segundo a Folha de São Paulo, o ex-diretor ficou a frente da diretora entre 2003 e 2008, em seguida foi nomeado diretor financeiro e de serviços de uma subsidiaria da Petrobras petroleira, a BR Distribuidora. É a primeira vez que Lula é citado pelo delator no caso de corrupção na estatal.

Fonte: GP1