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Maluf chama Ciro de ditador do Piauí e senador reage: "preconceito"

Em contato com, o senador Ciro Nogueira reagiu às declarações e afirmou ser um "preconceito gigantesco" do parlamentar paulista se referir desta forma ao Piauí. Declarou ainda que estar em lado oposto ao de Maluf engrandece seu currículo.

10/04/2016 | Edivan Araujo
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O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) resolveu soltar o verbo contra o presidente nacional do seu partido, o senador Ciro Nogueira. Sem força na legenda, ele acusa o parlamentar piauiense de negociar cargos com a presidente Dilma Rousseff em troca de votos contra o impeachment. Eufórico, chega a chamar Nogueira de "ditadorzinho do Piauí".

"No processo de votação, o meu partido (PP) e seu presidente Ciro Nogueira negociaram de maneira espúria. Toda negociação de partido tem que ser feita ou pela bancada, ou pelo diretório. Não pelo presidente. O presidente negociou presidência da Caixa Econômica Federal, Ministério da Saúde, Ministério das Relações Institucionais", disse Maluf em entrevista à BBC Brasil.

"A negociação de cargos é espúria, para não dizer pornográfica. Não é o presidente do partido que vai lá e pega uns carguinhos para seus companheiros", continou o parlamentar, que vai contrariar o partido e votar pelo impeachment.

Maluf acusa Ciro de avançar o sinal sem consultar os integrantes do PP. Chama sua decisão de monocrática e ditatorial. "O presidente do partido avançou o sinal e não consultou ninguém. Esse é um ditadorzinho do Piauí e quer dar ordem? Ele é senador, não vota na Câmara!", declarou.

Na mesma entrevista, Paulo Maluf fala de sua rotina como deputado e admite que faz de conta que trabalha. "Ser deputado é tranquilo: trabalho terça, quarta e quinta metade do tempo. Faço de conta que estou trabalhando", concluiu.

Em contato com, o senador Ciro Nogueira reagiu às declarações e afirmou ser um "preconceito gigantesco" do parlamentar paulista se referir desta forma ao Piauí. Declarou ainda que estar em lado oposto ao de Maluf engrandece seu currículo.

"É um preconceito gigantesco. Quer dizer que se o ditadorzinho fosse de São Paulo, poderia. É dificil uma pessoa como essa, que já foi tanto...admitir que existe pessoas capazes em nosso Estado. Mas isso só faz me deixar mais orgulhoso na posição que nós chegamos. Não me deixa triste de forma nenhuma está de um lado e o Maluf de outro. Pode ter certeza que isso aí é bom para o meu currículo", afirmou.

Fonte:Hérlon Moraes (Com informações da BBC)

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