O deputado estadual Marden Menezes (PSDB) disse considerar normal a decisão do partido de apoiar um possível Governo de Michel Temer. Para o parlamentar, com o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), os partidos precisam se unir para tentar ajudar o país a voltar a crescer.
“Eu acho que não basta só dar o passo do afastamento da presidente, eu acho que todos os partidos não podem se acovardar, dar as costas e não dar a sua contribuição para o país. Então na medida que não só o PSDB, mas outros partidos dispõem de quadros reconhecidos com capacidade de gestão, com qualificação e são convidados a participar de um esforço pelo Brasil, eu creio que não só o PSDB, mas quem tiver disponibilidade de contribuir para o país não pode se negar diante de um momento difícil”, declarou.
Para Marden, o afastamento da presidente é legítimo. “Está se afastando um governo, uma presidente, pelos erros que ela cometeu. A culpa disso não é de ninguém, é dela própria que deixou o Brasil numa situação deplorável, com uma economia em frangalhos e também com o abuso da corrupção, com desvio de recursos e tudo que aconteceu. Passado desse ponto, todos os partidos tem que desprender e ter essa responsabilidade de contribuir para um caminho de estabilidade para o Brasil, até mesmo os outros partidos que estão nesse atual governo precisam ter essa consciência para procurar unir as forças nacionais em prol do país e da população”, afirmou.
Questionado se o partido não considera que Michel Temer teve participação na atual situação do partido, o parlamentar destacou que o PSDB está apoiando o vice-presidente, pois ele é o próximo na linha sucessória.
“A partir do momento que a presidente Dilma está sendo julgada em um processo de impeachment por crimes de responsabilidade, alguém tem que assumir, até então quem assume é o vice, qualquer que fosse o vice, se fosse o Michel ou não, caberia às lideranças nacionais contribuírem para que esse vice possa colocar o país em um caminho de estabilidade. Então não há um vínculo com o Michel. Há um vínculo com a preocupação com o país, o que é bastante diferente”, destacou.
Fonte: GP1