O Piauí terá dez anos para o pagamento da dívida junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A extensão do rpazo para quitar o débito foi decidido ontem em reunião em Brasília com governadores de todo o país. A vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho, avaliou positivamente o encontro marcado por propostas e contrapropostas.
"Foi uma 'queda de braço', aquele 'cobertor curto', cada um puxando para o seu lado...foram colocadas tanto as necessidades dos Estados quanto as possibilidades da União. A discussão com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi muito objetiva, intensa e proveitosa. Ele é muito técnico, pontual e incisivo. Não se deixou nada para depois. Os temas que eram levantados pelos governadores eram testados pela equipe econômica e as propostas levadas ao presidente interino Michel Temer eram decisões maduras", disse Coelho.
A vice-governadora ressalta que o alongamento da dívida contraída com o BNDES, dívidas anteriores,vai gerar uma folga no fluxo de caixa do Piauí, a curto prazo, algo em torno de R$ 150 milhões por ano.
"Esse dinheiro será utilizado no custeio e em novos investimentos para o Piauí. Isso representa muito, uma vez que o Estado pagou uma dívida contraindo outra. Foi uma boa decisão e que trará efeitos positivos agora", reitera.
O foco do encontro desta segunda-feira (20) foi a dívida dos Estados com a União. Ficou acertado que as unidades da federação terão carência de seis meses nas parcelas até dezembro. A medida não beneficia diretamente o Piauí, já que o Estado, ao lado do Tocantins, não possui débitos com a União. Com isso, a vice-governadora sugeriu uma bonificação ao Estado por ter cumprido o 'dever de casa'.
"Representantes de estados como o Piauí e outros que não foram beneficiados diretamente com a negociação, fizeram um foro paralelo para discutir possibilidades de investimentos. Nós queremos ser 'premiados' por termos feito nosso dever de casa. Precisamos de mais investimentos na área de infraestrutura, obras essencias para o desenvolvimento do Estado e que gerarão mais emprego e renda para a população", reitera.
Fonte:Cidade Verde