Matéria / Politica

Maioria dos prefeitos piauienses são candidatos à reeleição

O dado é fruto de uma análise feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).

11/08/2016 | Edivan Araujo
/

Um estudo técnico feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que dos 167 prefeitos das cidades do Piauí, aptos para a reeleição, 32 deles abdicaram do direito, totalizando 145 ou 77,84% dos chefes do executivo municipal têm o desejo de continuarem no cargo.

A análise foi feita com o objetivo de compreender a intenção dos atuais gestores municipais em se manter no poder nas próximas eleições municipais. O estudo foi elaborado após o prazo máximo determinado para a realização das convenções municipais dos partidos, que foi no dia 5 desse mês.
O presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Arinaldo Leal, prefeito de Vila Nova do Piauí, é um dos gestores piauienses que desistiu de disputar a reeleição. Ele explica que “os atuais gestores estão abrindo mão do direito de disputar um novo mandato pelas dificuldades impostadas à gestão dos municípios brasileiros. Nos últimos anos, fomos deixados de lado pelo governo federal, que só aumentou nossas atribuições sem repassar recursos. A administração se tornou inviável em muitos municípios e o prefeito corre o risco de ser punido, mesmo sem ter cometido nenhum ato irregular. Independentemente de quem assume, tais problemas tendem a se perpetuar”, desabafa.

Brasil

Em nível nacional, nas eleições municipais anteriores, a quantidade de prefeitos que se candidataram à reeleição foi de 62% em 2000, 63,3% em 2004, 76,9% em 2008 e de 73,2% em 2012. Isso evidencia que desde 2000 sempre mais da metade dos prefeitos que poderiam se candidatar optaram efetivamente por isso. Em 2016, a intenção de se reeleger entre os gestores que podem participar do próximo pleito é de 68,79%, bem inferior as duas últimas eleições.

De acordo com o relatório desse estudo técnico, esses dados apresentam um bom panorama para as próximas eleições municipais, e demonstram que neste ano, serão muito menos candidatos a um segundo mandato do que nas eleições anteriores. O que pode ser um forte indicativo da grave crise que passam os municípios brasileiros. Esperamos que com as convenções partidárias e as homologações das candidaturas, estes prognósticos se concretizem.

Fonte: GP1

Facebook